da Veja
O deputados petista André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, viajou com sua família de Londrina a João Pessoa no dia 3 de janeiro deste ano, num jatinho Learjet 45 fretado pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava-Jato. Questionado pelo jornal Folha de S. Paulo, Vargas alegou ter pedido o avião particular ao amigão Youssef porque os voos comerciais estavam “muito caros”. Ele disse que arcou com os custos do combustível de aviação usado no trajeto.
Pelo jeito, o parlamentar planejou mal as suas férias.
Procurada pelo site de VEJA, a companhia aérea Gol informou que as passagens compradas em cima da hora, na data da viagem de Vargas e para o mesmo trajeto, estavam cotadas a um preço médio de 1.000 reais. Se a reserva fosse feita com sete dias de antecedência, o preço cairia para até 580 reais. Já o combustível necessário para cumprir o trecho de 3 000 quilômetros que separa Londrina de João Pessoa, cerca de 2 500 litros de querosene, custa o equivalente a 10 500 reais. Mesmo que Vargas tivesse comprado nove passagens — ocupação máxima do Learjet 45 — num voo comercial, poderia ter feito uma bela economia.
Em nome das finanças do deputado, fica aqui a sugestão: que ele use da próxima vez algum dos sites que comparam preços de passagens aéreas, em vez de se oferecer, tão desavisadamente, para cobrir os custos de combustível de um avião.
E será que alguém já lhe falou sobre programas de milhagem?
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