Anderson Leandro da Silva está desaparecido desde quarta-feira (10). Amigo afirma ter recebido a ameaça após postar comentário na internet
do G1 PR
Um amigo do jornalista Anderson Leandro da Silva, que sumiu na quarta-feira (10), na Região de Curitiba, afirma ter sido vítima de ameaça após postar mensagens sobre o caso em uma página de relacionamento na internet.
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Grupo TIGRE no caso do jornalista Anderson Leandro
Em um dos comentários postados, ele citou o nome de um rapaz que teria chamado o jornalista para uma reunião em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. “A pessoa perguntou se eu queria ser o próximo a desaparecer”, explicou o amigo do jornalista, que preferiu não se identificar.
Ele contou ainda que a ameaça veio logo após a postagem. “Não demorou cinco minutos. Então é sinal de que essa informação é quente. Alguém, na hora, se tocou”, explicou o homem.
O caso está sendo investigado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e pelo grupo especial Tigre, da Polícia Civil.
De acordo com a família, Anderson é ligado a sindicatos, movimentos sociais e com a Igreja Católica. Ele é dono de uma produtora de vídeo e, em 2008, flagrou o momento em que, durante uma ação de reintegração de posse, um policial militar atirou contra um grupo de jornalistas.
No dia em que sumiu, ele havia saído da produtora para ir até a cidade de Quatro Barras com o objetivo de fechar um suposto roteiro para um trabalho.
Família acredita em emboscada
“Ninguém reclamou que ele não chegou para fazer esse roteiro, não chegou para fazer esse orçamento, o que nos leva a acreditar que isso possa ter sido uma emboscada sim ”, aponta o irmão, Agenor da Silva.
“Conhecendo o Anderson, conhecendo a família dele, o trabalho que ele realiza, nós não temos motivo para acreditar que ele está namorando em algum lugar, que vai acabar o dinheiro hoje e aí ele vai ligar pedindo o dinheiro e/ou vai voltar para casa”, explica o outro irmão Antônio da Silva.
Sindicato dos jornalistas
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) alertam para os indícios do que seria mais um atentado contra um jornalista por causa do trabalho que efetua. As duas instituições pedem que seja feita uma apuração urgente dos fatos.
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