Por Ivan Santos, no blog Política em Debate:
Ao contrário do que se imaginava, a eleição para a presidência da Assembleia Legislativa está longe de ter sido decidida com a desistência do deputado Durval Amaral (DEM) em favor do tucano Valdir Rossoni (PSDB). Aliados de Amaral, o ex-presidente da Casa e hoje presidente do Tribunal de Contas, Hermas Brandão, o atual presidente, Nelson Justus (DEM) e o primeiro-secretário, Alexandre Curi (PMDB), consideram que o governador eleito, Beto Richa (PSDB), “atropelou” o processo ao ungir Rossoni sem negociar antes com o grupo.
Além disso, Hermas e Justus têm divergências antigas com o deputado tucano, e não demonstram intenção de apoiá-lo. Um princípio de rebelião se instalou na base de apoio de Richa na Assembleia, com os descontentes ameaçando até lançar uma chapa alternativa para confrontar o candidato escolhido pelo governador eleito. Richa terá que usar toda a habilidade política e poder de convencimento para debelar esse incêndio que ameaça desde já a governabilidade de sua futura administração.
Até porque, ainda faltam três meses para a eleição da Mesa Executiva, que ocorre em 2 de fevereiro, um dia após a posse dos deputados eleitos e reeleitos. E até lá, os adversários do candidato tucano podem “cozinhá-lo em fogo brando”, caso não sejam atendidos.
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