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Aliado de Mac Donald ataca Constituição Cidadã

O deputado federal Ricardo Barros, presidente estadual do PP e um dos principais aliados do ex-prefeito Paulo Mac Donald Ghisi (Podemos), resolveu atacar a Constituição. Barros afirmou que o excesso de direitos previstos na carta magna brasileira em contraposição à escassez de deveres para o cidadão, deixou “o país ingovernável”.  O deputado é o fiador de Bibiana Orsi (PP), candidata à vice-prefeita de Mac Donald.

Vale lembrar que Mac Donald sempre teve um pé no autoritarismo. Nos anos 70 e 80, militou na Arena, PDS e PFL antes de assumir como interventor do PDT de Foz do Iguaçu – o partido se rebelou contra Mac Donald em 2016. Agora namora de novo com o udenismo de Alvaro Dias no Podemos.


Já o presidente do PP recebeu críticas pela tamanha insensatez. O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou que Barros revela  “ignorância política e histórica”. “A Constituição Federal de 1988 gerou a estabilidade político-institucional que nos permitiu passar por dois impeachments, crise econômicas e políticas, sem ruptura institucional”.

Por sua vez, o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) reagiu à fala de Barros: “o exemplo do Chile não nos serve. Lá, evoluíram da ditadura para a democracia. E aqui? Será que querem o contrário? Sou contra. Viva a Constituição cidadã de 1988!”

Ironia – O senador Major Olimpio (PSL-SP) ironizou o fato de Barros ter dito que o presidente José Sarney “sancionou” a Constituição:  “Líder do governo confunde até habeas corpus com Corpus Christi. Emenda ou texto constitucional não vão à sanção ou veto presidencial. Votada duas vezes na duas Casas, é promulgada. É para chorar mesmo.”

Já o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), sugeriu aos defensores de uma nova Constituinte no Brasil que estudem “um pouco de história”. No Twitter, ele disse que  tem “visto gente no Brasil tentando pegar carona no plebiscito chileno para reabrir o debate sobre uma nova Constituição por aqui. Estudar um pouco de história e entender a transição democrática deles e a nossa seria útil. Só para começar.”