Com a adoção de um ajuste fiscal iniciado em 2014, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), conseguiu tirar o estado de um déficit naquele ano para um superávit primário de R$ 1,8 bilhão em 2015. Apesar das críticas sofridas na época, as medidas adotadas pelo tucano mudaram a situação do Paraná e amenizaram os efeitos da crise econômica que assola o país, sem ter sido necessária a ajuda do governo federal para o cumprimento dos compromissos fiscais do estado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (23).
Segundo a reportagem, diferentemente da maioria dos políticos, que pede ajuda da União para arcar com o salário do funcionalismo, Richa optou pelo ajuste. Na avaliação dele, o governo federal deve auxiliar os Estados “apenas no que for possível”.
O tucano aumentou o IPVA e o ICMS e passou a cobrar contribuição previdenciária de servidores aposentados. Como resultado, o estado conseguiu sair da situação deficitária.
Segundo o governador, não há solução para a crise dos Estados sem medidas amargas e impopulares. Para ele, ou os governadores fazem ajustes em seus sistemas de previdência ou todos quebrarão. “Tem de ser firme e aguentar o tranco. As demandas dos servidores são insaciáveis e infinitas”, afirmou.
Ainda de acordo com a reportagem, Richa espera receber em breve o aval do Tesouro Nacional para que o Paraná receba um empréstimo de R$ 1,7 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Os recursos vão custear investimentos em segurança e infraestrutura.
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