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Ainda a Garganta

Padrecos e pastores de Foz do Iguaçu continuam empenhados numa cruzada burra para alterar o nome da Garganta do Diabo, principal queda das Cataratas do Iguaçu. Tudo por causa de seus pretensos “maus eflúvios”. Alguns deles chegam a teorizar que os altos índices de criminalidade de Foz decorrem dessa suposta homenagem ao Canhoto. Quem sabe, tão logo o nome seja mudado, os contrabandistas, traficantes, ladrões, cafetões, assassinos e até mesmo os padres pedófilos e os pastores ladravazes não vão sair chispando a toda velocidade da região a procura de algum local mais propício para realizar suas malfeitorias?" Do colunista Eduardo Schneider nesta sexta-feira (27) no www.horahnews.com.br. Confira a íntegra do artigo em Reportagens.

Ainda a Garganta

Ainda a Garganta

Padrecos e pastores de Foz do Iguaçu continuam empenhados numa cruzada burra para alterar o nome da Garganta do Diabo, principal queda das Cataratas do Iguaçu. Tudo por causa de seus pretensos “maus eflúvios”. Alguns deles chegam a teorizar que os altos índices de criminalidade de Foz decorrem dessa suposta homenagem ao Canhoto.

Quem sabe, tão logo o nome seja mudado, os contrabandistas, traficantes, ladrões, cafetões, assassinos e até mesmo os padres pedófilos e os pastores ladravazes não vão sair chispando a toda velocidade da região a procura de algum local mais propício para realizar suas malfeitorias?

Aliás, depois de mudar o nome da Garganta do Diabo os padrecos e pastores poderiam levar mais longe sua aliança profana e mudar o próprio nome das Cataratas.

Catarata sugere doença (e a palavra vem do grego e significa “que se lança para baixo”: mais uma conotação negativa!). Esse nome deve ser responsável por boa parte dos casos de catarata que atingem os olhos dos habitantes de Foz do Iguaçu e, talvez, até mesmo dos que afetam turistas e muambeiros.

Esses padres e pastores poderiam levar ainda mais longe essa brilhante iniciativa, que combina o fundamentalismo religioso, o politicamente correto e a indigência mental aguda.

Por que não mudar o nome do Pão de Açúcar? O açúcar, como se sabe, é um veneno. Em excesso pode levar a diabetes. Sem a menor dúvida muitos cariocas estão sofrendo dessa doença induzidos pelo nome malsão de seu cartão postal.

O sujeito está lá em uma das praias do Rio. Vê aquela formação rochosa. Lembra o nome: “Pão de Açúcar”. Não se agüenta, sai correndo e cai de boca nos quindins de iaiá, pudins e mesmo nos pães de açúcar. Acaba arrumando diabetes. Diabetes, Diabo. É tudo coisa do Demônio.

Toda essa desgraceira poderia ser evitada com a simples providência de fazer aquilo que esses pastores e padres ociosos querem fazer em Foz do Iguaçu. Basta mudar o nome daquele morro. Pão Zero Cal, por exemplo. Ou, para dar uma conotação mais religiosa, “Pão Nosso”.