Do Paraná Oeste:
Um palco, pouca luz, um microfone e é claro gente assistindo. É o que basta para O poeta Adriano Smaniotto encarar o público e declamar seus poemas. Sem ler, de cabeça mesmo.No final de semana, ele apresentou seu trabalho no “Muqifo”, barzinho badalado da Rua Mateus Leme, perto do Bosque do Papa, na Capital do estado.
Uma rápida pesquisa permite saber que Adriano nasceu em Curitiba em setembro de 1975.
Publicou os livros de poemas Arcano (Editora Ócios do Ofício, 1995); primeiro poeta a ser publicado na Coleçâo Sapatos Tortos (FCC, 1997);
Regra de três (parceria com David Nadalini e Fernando Koproski (Editora Ocios do Ofício, 1998); Vinte vozes de uma mesma veia (Ed. do Autor, 1999) e Versejar a voz do ser é ser de si algoz (Fundação Cultural de Curitiba/Imprensa Oficial do Paraná, Curitiba, 2000). E, agora, o Vísceras a Vista.
Abaixo, dois rápidos exemplos do trabalho do talentoso poeta:
“quando cantares tua dor em poemas,
chama-os por números,
que é melhor teres no fim
uma soma ou teorema,
que sinônimos.
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agora que você namora
e já não desrespeito meus rivais
entre ais pergunto ao espelho:
pra qual amor amadureço,
se amo como quem vai embora
e indo vou olhando para trás?
(De Diário da dor dos dias)”
O Adriano mostra muita qualidade em seu trabalho. Encara o público e declama muito bem seus poemas. Foi uma grata surpresa conhecer seu trabalho.