No Espírito Santo, tendo à frente o prefeito reeleito de Vitória, João Coser, o PT consolidou sua aliança com o PMDB e com o governador Paulo Hartung (PMDB). O partido apóia o vice-governador Ricardo Ferraço como candidato ao Palácio Anchieta – sede do governo estadual – abrindo mão de indicar candidato próprio (o prefeito Coser).
Assim, com apoio dos deputados do ES e dos prefeitos do Estado, Coser constrói um palanque forte para a candidatura presidencial em 2010 da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, nome já pré-lançado do PT ao Palácio do Planalto. Dessa forma, os petistas capixabas dão um exemplo ao partido em todo o país.
No Mato Grosso do Sul (MS), também o PT muda. Reunificou suas duas principais lideranças: José Orcírio, o Zeca do PT, governador por oito anos e Delcídio Amaral, atual senador. Os dois se uniram e formaram uma chapa única para o diretório regional. Agora, também podem formar uma chapa para o governo do Estado e o Senado, ou para uma negociação com o atual governador do PMDB, André Puccinelli.
Pucinelli é nosso tradicional adversário no Estado e até apoiou a candidatura presidencial tucana de Geraldo Alckmin em 2006. Antes, com o PT sulmatogrossense dividido, ele acabava por impor e controlar sua própria sucessão, mas agora acena com a possibilidade de apoiar a candidatura petista de Dilma Rousseff.
Faltam MG, BA, PA e RJ – A situação evoluiu e o quadro ficou muito bom no ES e no MS, mas continuamos vivendo impasses na Bahia (BA), Minas Gerais (MG) e Pará (PA) e caminhamos para um acordo no Rio de Janeiro, Estados-chave para um acordo nacional com o PMDB.
Na BA, o ideal e a reiteração do acordo que elegeu o governador Jacques Wagner, com o PMDB conosco na chapa majoritária e apoiando Dilma. No PA, temos que reconstituir a aliança que elegeu a governadora petista Ana Júlia Carepa, hoje rompida na prática em relação àquela coalisão.
Em Minas, primeiro é preciso unificar o PT – como conseguimos no MS – para então discutir com o PMDB, que por unanimidade acaba de referendar a candidatura do ministro das Comunicações, Hélio Costa, a governador. Ao mesmo tempo o PT, por resolução de seu diretório regional-MG, reafirmou a decisão de ter candidato próprio ao Palácio da Liberdade.
Como o Estado é decisivo para a vitória, devemos nos concentrar em buscar uma saída para o presente impasse. Uma saída que leve em conta a força do PT e de suas duas principais lideranças mineiras – o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias – e do nosso principal aliado, o PMDB.
Uma alternativa sem que subestimemos, em momento algum, o governador do Estado, Aécio Neves (PSDB) e seu candidato ao Palácio – o vice-governador Antônio Anastásia – e nem a liderança do ex-presidente Itamar Franco, que acaba de ingressar no PPS.
do blog do Zé Dirceu.
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