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Ações de saúde levaram o Paraná à segunda colocação na avaliação do MS

Pesquisa foi realizada entre 2008 e 2010. Secretário de Saúde neste período, Gilberto Martin destacou as ações que levaram a este resultado

O Paraná é o segundo Estado mais bem avaliado nas ações e atendimento do Sistema Único de Saúde. A constatação é do Ministério da Saúde que divulgou o Índice de Desempenho do SUS (IDSUS 2012). O mecanismo avaliou o acesso e a qualidade dos serviços de saúde em todos os municípios, estados e em âmbito nacional entre 2008 e 2010. A pontuação de cada local variou de acordo com uma escala que varia de 0 a 10 e apontou a Região Sul com o melhor desempenho (6,12) entre todas as regiões da Federação.

O Paraná registrou o segundo lugar entre os estados (6,12) e Curitiba (6,96), também o segundo lugar entre as cidades com melhor infraestrutura e condições econômicas. Esta foi a primeira vez que o SUS recebeu notas pelo acesso e pela qualidade dos serviços prestados. A média do país foi de 5,47.

Secretário estadual de Saúde no período cuja avaliação foi realizada, o médico Gilberto Martin, afirmou que a ótima colocação do Paraná deve-se, principalmente, ao trabalho sério e investimentos realizados em diversos setores, desde a atenção básica até a alta complexidade.

“A construção de mais hospitais públicos e clínicas da mulher e da criança, o combate à mortalidade materna e infantil como prioridade, a preocupação na capacitação dos servidores públicos da saúde, parcerias com as secretarias municipais de saúde, compra de ambulâncias para municípios, para o Siate, micro-ônibus para o transporte de pacientes, compra e credenciamento de leitos de UTI e de equipamentos mais modernos para as unidades, enfim, foram eventos que impactaram nestes indicadores”, destacou Martin.

O índice será reavaliado a cada três anos e foram analisados 24 indicadores como, por exemplo, a quantidade de exames preventivos de câncer de mama em mulheres, cura de casos de tuberculose e hanseníase, número de transplantes de órgãos, mortalidade infantil, entre outros.

Dados como o da mortalidade infantil ajudaram na boa colocação do Paraná. Em 2003, para se ter idéia, a taxa era de 16,4 para cada mil nascidos vivos. Em 2010 esse número caiu para 11,4, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde. Número este, muito próximo do preconizado pela Organização Mundial da Saúde e registrado em países de primeiro mundo.

O crescimento constante no número de transplantes de órgãos também foi de grande importância. Em 2003 foram realizados 806 transplantes no Estado. Já em 2010 esse número pulou para 1.211 procedimentos, um aumento superior a 50%.

Outro dado importante que também deve ser levado em conta é em relação à cobertura vacinal em crianças até um ano. A tetravalente – vacina contra Difteria, Tétano, Coqueluche e Meningite – desde 2003 o Paraná vem vacinando mais de 95% da população. Em 2010, 100% das crianças foram vacinadas resultando em mais de 149 mil doses aplicadas.

A Poliomielite é outro bom exemplo, pois também desde 2003 o Paraná vem vacinando mais de 95% das crianças menores de um ano. Em 2010 chegou-se também a 100% da população vacinada com mais de 148 mil doses aplicadas.

“São números que demonstram a importância da luta pela viabilização do SUS como alternativa pública para a população. Quando o governo do estado faz esta opção, alia-se aos municípios e ao Ministério da Saúde, os resultados aparecem. Durante diversas vezes afirmamos que com o tempo os indicadores mostrariam os resultados das ações implantadas. È o que estamos vendo hoje”, afirmou. Martin acrescenta ainda que apesar do resultado ser positivo, ainda há muito trabalho pela frente. “Esta avaliação mostra que, embora seja necessário avançar diuturnamente quando falamos de saúde, os caminhos traçados foram corretos e agora é preciso seguir o trabalho para garantir acesso à saúde de qualidade e gratuita. Todos queremos o Paraná com os melhores índices, independentemente de quem esteja no Governo. A questão de saúde é muito maior que a política”, finalizou.