MST cobra agilidade no assentamento das famílias que ocupam áreas da empresa Araupel, entre os municípios de Quedas do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu
A interdição provocada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (5) na BR-277, entrocamento com a BR-473, que liga a região Sul do Paraná, atravessou toda a manhã e não há expectativa de fim do bloqueio. As duas rodovias estão fechadas em Nova Laranjeiras, no Centro-Sul do estado. Segundo o MST, são quatro mil pessoas que estão no local. Já a Polícia Rodoviária Federal (PRF) avalia em duas mil. As informações são da Gazeta do Povo
Para impedir a circulação de veículos, os sem-terra montaram barracas sobre a pista e prometem não deixar o local enquanto não tiverem suas reivindicações atendidas. A fila na BR-277 já chega a 10 quilômetros. A mobilização segue por tempo indeterminado e, segundo um dos líderes do movimento, pode durar dias.
A coordenação regional do movimento divulgou nota sobre as reivindicações. O primeiro item da pauta é o assentamento, até o final do ano, de todas as famílias acampadas na região. O MST cobra que as áreas da empresa Araupel sejam destinadas imediatamente para os assentamentos. A nota diz ainda que o movimento vai dar um prazo, a partir de hoje, para a empresa retirar a madeira da área e não quer mais o plantio de pinus.
O MST cobra ainda a retirada da segurança armada contratada pela Araupel e que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) regularize a situação dos moradores irregulares que estão aptos a serem assentados. “As famílias que estão mobilizadas só se desmobilizarão quando forem atendidas suas reivindicações com prazos estabelecidos para solucionar os problemas que há mais de 18 anos pairam sobre nossa região”, diz a nota.
A PRF tenta negociar com os manifestantes para que deixem a área, mas até agora não houve acordo.
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