Por José Gil de Almeida
O Brasil que saiu vitorioso nestas eleições é o Brasil caboclo, rural, operário, nordestino, trabalhador e explorado. É o Brasil que construiu o Brasil enquanto a elite saqueava a nação para gozar no exterior os prazeres suspeitos da cafonice brazuca.
O Brasil que saiu derrotado nestas eleições é o Brasil racista, discriminatório, elitista, corrupto e mentiroso.
Dois brasis se apresentaram antes e após o resultado do pleito. Um deles tem cara e o sangue do povo nativo, miscigenado, lutador e combativo. Outro, tem sangue inglês ou norte-americano: valoriza tudo que é estrangeiro, cospe no prato em que come, freqüenta fast food e sua língua é o inglês.
O Brasil vitorioso nestas eleições é aquele que olha pelo seu povo mais pobre e mais sofrido. O outro Brasil quer matar de fome 30 milhões de desvalidos.
Um Brasil quer valorizar seu território, sua terra, suas riquezas naturais para servir às futuras gerações. O outro Brasil quer vender e privatizar tudo e todos. Quer roubar o dinheiro público de forma rápida e criminosa, com os malfeitores de colarinho branco.
O Brasil vitorioso quer investir na educação do povo, seja pobre ou classe média. O outro Brasil corrompe a imprensa venal (Veja, Folha, Estadão etc) para espalhar mentiras, calúnias, envenenando as relações entre brasileiros.
São dois brasis irreconciliáveis. Falar em união nacional após estas eleições é quimera. Os derrotados continuam mentindo, difamando e esbravejando.
Dois brasis adversários e inimigos se mostraram inteiros. A cicatriz foi aberta no peito da Nação. Ou ela estanca – mas continuará cicatriz – ou apodrece e contamina o tecido social onde nasceu, putrefazendo a carne, gerando sangue, pus e contaminação.
Dois brasis inimigos e adversários. Venceu o bom senso, o Brasil honrado e capaz. Aquele que recuperou as mazelas do passado recente e construiu as bases de um futuro promissor. Mas a sombra da dúvida e da traição paira como nuvens sombrias no horizonte.
O Brasil que venceu é o Brasil que sempre vencerá, ainda que os seus inimigos se escondam e se disfarcem de patriotas e nacionalistas.
A voz do povo brasileiro se fez ouvir nas urnas. E foi uma voz forte, poderosa… a voz de um gigante adormecido que começa a despertar, à revelia dos interesses e do jogo sujo das elites nacionais e internacionais, do imperialismo e do sionismo.
Eu escrevia assim na sétima série….