“O maior sonho da minha vida é enterrar o corpo da minha filha. Não apenas por mim. Seria menos doloroso para o meu neto saber do crime e onde o corpo da mãe está sepultado. Impossível conviver com essa dor. Meu Deus, o que foi feito do corpo da minha filha? Onde eles puseram? Até hoje não me deram esta resposta, que teria que partir dos assassinos da minha filha”.
De Sônia de Fátima Marcelo da Silva Moura, 51, mãe da iguaçuence Eliza Samudio, em entrevista a Paulo Renato Coelho Netto, no UOL. A manifestação é em reposta a pergunta sobre a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), de reduzir em um ano e quatro meses a pena de Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, sequestro e cárcere privado).
O ex-goleiro é acusado pela ocultação de cadáver da vítima (Eliza) e pelo sequestro do menor B.S., filho do casal. Com a decisão, a pena passará de 22 anos para 20 anos e nove meses. Bruno já cumpriu sete anos de cadeia em regime fechado e poderá ganhar liberdade a qualquer momento. Até hoje o corpo de Eliza Samúdio não foi encontrado.
Foto: Paulo Renato Coelho Netto/UOL