A um ano da Copa do Mundo Fifa 2014, o Brasil não concluiu nenhum obra de mobilidade prevista para a realização do mundial. Apenas seis estádios, entre os doze que serão utilizados, estão entre as obras prontas, emesmo assim com ressalvas, informa o jornal O Globo em reportagem sobre as obras para o mundial nas cidades sede.
No Sul, há problemas nos projetos de mobilidade urbana em Porto Alegre. Muitas obras começaram tarde demais. A duplicação da Avenida Moab Caldas, orçada em R$ 156 milhões, considerada fundamental, só deve estar pronta em maio de 2014, às vésperas da Copa.
A ampliação das pistas do Aeroporto Salgado Filho está em execução, com previsão de conclusão em dezembro, ao custo de R$ 228,3 milhões. Assim como a reforma dos terminais de passageiros, que ficaria pronta este mês, mas foi adiada para dezembro. Até lá, terá consumido R$ 345,8 milhões.
Em Recife, a situação é pior. Se a Copa começasse hoje, o torcedor iria comer o pão que o diabo amassou para chegar à Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, a 22km da capital. Os acessos deixam a desejar. O metrô não dá conta, e o trânsito ficou congestionado nos dias de jogos-teste. A Estação Joana Bezerra, a principal para quem vai de metrô do Centro ou da Zona Sul (onde se concentra a imensa maioria dos hotéis), é, na verdade, um espanta-visitas: suja, com lixo nas calçadas, poluição sonora, escadas rolantes quebradas e sem banheiros.
A preparação de Pernambuco para o Mundial está custando mais de R$1,5 bilhão só em obras para melhorar a mobilidade. Desse total, R$ 700 milhões foram investidos em preparativos para a Copa das Confederações.
Se não está bom agora, imagina na Copa.
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