Surpreendido, como a grande maioria dos políticos, pela dimensão das manifestações que se espalham pelo País com reivindicações difusas e passeatas cada vez mais numerosas, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), defendeu a mobilização popular.
“Sou a favor dessa manifestações, são legítimas e revelam uma insatisfação que vem se acumulando. A paciência do brasileiro esgotou. A maioria é ordeira, a intenção é a melhor possível. O que repudiamos são os excessos, o quebra-quebra, a violência, o vandalismo. Há pessoas infiltradas de partidos querendo causar desgaste para esse ou aquele governante. Não digo que sejam só partidos, mas também pessoas revoltadas, fora de sua razão”, afirmou Richa.
O governador confessa a surpresa com a forma como os protestos se espalham. “A mobilização no Brasil todo foi surpreendente, não se imaginava que teríamos manifestações tão grandiosas. As redes sociais facilitaram a organização em um curto espaço de tempo e ninguém foi capaz de detectar”, diz o governador.
Entre os presos na noite de segunda-feira em consequência do tumulto em frente ao Palácio Iguaçu estava o estudante Yuri Sfair, enteado do deputado Ângelo Vanhoni, do PT paranaense. Vanhoni criticou a “prisão injusta” e disse que o rapaz protestava com os demais manifestantes. Beto Richa não quis comentar o caso específico. “Os atos de vandalismo foram ”isoladíssimos”. Havia 12 mil pessoas na passeata e vândalos mesmo eram mais ou menos cem. Na segunda-feira, alguns manifestantes pacíficos começaram a limpar as paredes pichadas do palácio”, disse o governador. (Luciana Nunes Leal/Agência Estado)
Deixe um comentário