A prefeitura de Curitiba tenta se esquisar "de fininho" do brutal assassinato da menina Rachel Genofre, 9 anos (foto), cujo corpo foi encontrado numa mala dentro da rodoviária. Quem desnuda a culpa da gestão Beto Richa (PSDB) é a articulista Ruth Bolognese em sua coluna diária em www.oestadodoparana.com.br. Confira a seguir a íntegra da nota:
Sobre a morte da menina – A prefeitura de Curitiba está saindo de fininho deste crime brutal da menina Raquel Genofre, de 9 anos, encontrada na última quarta-feira dentro de uma mala na rodoferroviária da capital. Mas tem muito a explicar. Por exemplo: a propaganda oficial fez, durante o ano inteiro, um escarcéu sobre as tais câmeras de vigilância no centro da cidade em nome da segurança ideal, etc., etc.. Agora, descobre-se que as câmeras da rodoferoviária só funcionam para fora.
Ou seja, dentro pode tudo, até encostar uma mala com o corpo de uma criança no vão de uma escada. Ninguém vai ver. A mala foi encontrada por uma família de índios, que dormia há semanas embaixo da mesma escada. Ora, uma família de índios, com filhos pequenos, transformou o maior terminal de transportes da capital em casa própria e ninguém fez nada? Justamente na cidade-modelo em transporte público, segurança (olha as câmeras aí, gente!) atendimento social, humana, completa, como mostrou a campanha da reeleição de Beto Richa?
A área entre a Praça Rui Barbosa e a rodoferroviária de Curitiba é a mais degradada da capital, com prostituição a céu aberto, motéis e bares instalados por toda parte. A polícia suspeita que a menina tenha sido levada, e posteriormente morta, para um destes motéis. Isso significa que o assassino e sua vítima circularam livremente nesta região e até entraram num motel qualquer, em pleno dia, sem problema nenhum. Cadê a segurança, a guarda municipal que, segundo a propaganda oficial, está em toda a parte, de olho em tudo? Chegou a hora desta gente reeleita mostrar o seu valor. No mínimo, encontrar explicações para o óbvio. Porque em termos de segurança do cidadão, a cidade está como sempre esteve: a zero.
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