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A COPA E OS BENEFÍCIOS AO PARANÁ

"A confirmação de Curitiba como uma das 12 cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de Futebol de 2014 deixou felizes todos os paranaenses. Afinal, depois de 64 anos teremos a oportunidade de assistir a jogos entre as principais seleções nacionais do mundo, o que, em si, já será para nós um presente inigualável.

O suspense criado em torno da decisão da Fifa foi, na verdade, alimentado artificialmente. Não havia nenhuma razão para que Curitiba fosse excluída da relação das cidades-sede da Copa, levando-se em conta a qualidade da nossa capital e dos seus serviços. É bom lembrar que em 1950, na única Copa que o Brasil sediou até hoje (e na qual, infelizmente, foi derrotado na final pelo Uruguai), Curitiba já tinha sido uma das cidades escolhidas, e o povo pôde ver jogar as seleções do Paraguai, EUA, Portugal e Espanha." Confira o artigo de Deputado Luís Cláudio Romanelli aqui.

A COPA E OS BENEFÍCIOS AO PARANÁ

A COPA E OS BENEFÍCIOS AO PARANÁ
Luiz Cláudio Romanelli

A confirmação de Curitiba como uma das 12 cidades brasileiras que sediarão a Copa do Mundo de Futebol de 2014 deixou felizes todos os paranaenses. Afinal, depois de 64 anos teremos a oportunidade de assistir a jogos entre as principais seleções nacionais do mundo, o que, em si, já será para nós um presente inigualável.

O suspense criado em torno da decisão da Fifa foi, na verdade, alimentado artificialmente. Não havia nenhuma razão para que Curitiba fosse excluída da relação das cidades-sede da Copa, levando-se em conta a qualidade da nossa capital e dos seus serviços. É bom lembrar que em 1950, na única Copa que o Brasil sediou até hoje (e na qual, infelizmente, foi derrotado na final pelo Uruguai), Curitiba já tinha sido uma das cidades escolhidas, e o povo pôde ver jogar as seleções do Paraguai, EUA, Portugal e Espanha.

Entretanto, sabemos que uma escolha como essa nunca segue inteiramente critérios imparciais e desapaixonados. Houve claramente uma disputa política de bastidores e a opção por Curitiba, justíssima, não aconteceu sem que as autoridades municipais e do Estado do Paraná tivessem de trabalhar essa idéia e convencer os senhores da Fifa.

Nesse particular, louve-se o empenho de nosso vice-governador, Orlando Pessuti, incansável, e que estará à frente do processo até 2014. Pessuti, presidente do comitê local, aglutinou com extrema competência as forças políticas e institucionais ao projeto e teve ainda papel decisivo na escolha da Arena da Baixada, o Joaquim Américo, como estádio que vai sediar as partidas da Copa do Mundo no Paraná.

Além da festa do futebol, a realização da Copa trará enormes benefícios para Curitiba e ao Paraná. As obras com infraestrutura exigirão investimentos entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões. Esses investimentos incluem o metrô de Curitiba, a reforma dos aeroportos Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e o de Foz do Iguaçu, melhoria dos transportes coletivos, dos serviços de hotelaria, restaurantes e assim por diante.

Só na Arena da Baixada serão investidos R$ 138,3 milhões, para a conclusão do segundo lance das arquibancadas, entre outras obras. Outros R$ 238 milhões serão gastos em volta do estádio, entre outras coisas na construção de um amplo estacionamento subterrâneo na Praça Afonso Botelho. O dinheiro pode vir através de empréstimo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ou através das chamadas Parcerias Público-Privadas.

Eu acredito firmemente que a Copa do Brasil receberá mais do que os dois milhões de visitantes que foram à Alemanha para a Copa de 2006. Dentre os estados brasileiros que sediarão a Copa, o Paraná ocupa uma posição privilegiada, por estar no centro geográfico do Mercosul (do qual fazem parte algumas das seleções que deverão disputar a competição: Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile) e por sua proximidade das principais capitais do país. É certo que teremos um enorme número de visitantes e atenção da mídia internacional, para Curitiba e para os principais pólos turísticos paranaenses.

Os investimentos em infra-estrutura significarão milhares e milhares de empregos, em obras que deverão ficar após a Copa, beneficiando toda a população. De outro lado, os serviços demandarão outros milhares de empregos, o que vai movimentar nossa economia meses antes da Copa e mesmo alguns meses depois.

Agora é torcer pelo sorteio das chaves. Além de Curitiba, outras cidades do Paraná poderão abrigar as concentrações de algumas das seleções que virão para a Copa. Que tal o Japão ficar em Maringá, a Polônia em Ponta Grossa e Paraguai ou Argentina em Foz do Iguaçu?