Por Lauro Jardim, na Veja.com:
A vida de suplente de senador tem sido tranquila para um trio que, apesar de receber mensalmente dos cofres públicos 26 723 reais – salário de ministro do Supremo –, ainda não mostrou curiosidade pelo trabalho no Senado.
Antonio Russo (PR-MS), por exemplo, completou neste domingo dois meses de mandato. Segundo o sistema do Senado, o suplente de Marisa Serrano, que deixou o cargo para ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul, não apresentou até hoje nenhuma proposta – nem um mísero requerimento. Em sessenta dias, fez apenas o discurso da própria posse e virou relator de um projeto de lei.
Situação parecida tem Reditario Cassol (PP-RO), suplente do próprio filho Ivo Cassol, que está de licença para tratar de assuntos particulares. Desde que chegou ao Senado, em 13 de julho, Reditário não fez sequer um pronunciamento – nem na própria posse – e não apresentou nenhuma proposta.
Outro que ainda não visitou o setor de protocolo do Senado foi Zezé Perrella (PDT-MG). Suplente de Itamar Franco, que assumiu o cargo em 11 de julho, ele fez o único discurso justamente no dia da própria posse. Além de não ter propostas, ele também não é relator de nenhum projeto.
Projeto muda regra sobre suplentes
Projeto apresentado por Eunício Oliveira (PMDB-CE) e pronto para ser votado na CCJ pretende mudar o sistema de suplentes, em vigor desde 1965, que reserva ao candidato eleito a escolha de seus substitutos, sem que estes tenham de passar pelo rigor das urnas. Justifica Eunício:
– O sistema atual permite a condução ao cargo de cidadãos que praticamente não disputam as eleições: os candidatos à suplência em geral são desconhecidos do eleitor, em grande parte das vezes financiadores de campanha ou familiares do titular, que não “mostram sua cara” nas campanhas.
Para Eunício, a “competição eleitoral” é o momento em que os candidatos apresentam propostas e assumem compromissos com os eleitores. Assim, um senador sem voto – como são os suplentes hoje – não tem nenhum compromisso ao assumir o posto no Senado.
– Por esses motivos, estamos apresentando este projeto, transformando em suplentes os candidatos não eleitos: ninguém melhor que os que concorreram ao mesmo cargo para conhecer a realidade dos estados.
É prá esse bando de FDP que eu trabalho e pago impostos até hoje.
Isso é o Brasilzão véio de guerra!
PelamordeDeus…até que enfim um projeto decente…acabem se possivel co o cargo do titular também afinal,na maioria deles es´~ao lá e nem sabem pra que…mas se acabar com esta forma de eleger suplentes já está bom.
É que a situação tá uma maravilha, não precisa fazer nada, está tudo em ordem… ¬¬
Ah ta tudo uma maravilha mesmo neh? ¬¬