A desolação dos luas-pretas tucanos foi abissal quando perceberam que Requião cresceu e ultrapassou Osmar Dias em todas as áreas do Paraná e em todas as faixas da sociedade.
Houve melhora significativa do governador Requião segundo todos os critérios observados pelo Ibope: renda, gênero, escolaridade, idade.
“A candidatura do Osmar está esboroando”, comentou um analista de pesquisas estacionado no Centro Cívico, perplexo com os 50% de Requião no geral e 53% dos votos válidos, contra apenas 44% de Osmar.
Mas o indicador mais dramático para os marqueteiros de Osmar Dias foi a queda do índice de votos espontâneos de seu candidato, sintoma grave de anemia eleitoral.
O Ibope captou Requião com 46% dos espontâneos, muito próximo dos 50% da estimulada, enquanto Osmar Dias está em queda livre de modo constante. Bateu no fundo. Embora ainda tenha 44% na estimulada, caiu para 37% na espontânea, uma diferença de 7%. É muita coisa. São nove pontos a menos que Requião.
Marqueteiros, publicistas, aspones e derivados da banda de Osmar Dias queimam neurônios para entender o fenômeno que deixou a turma toda à beira de um ataque de nervos.
Os números do Ibope são cruéis para as pretensões da tucanada nativa. Em Curitiba, Osmar Dias já esteve seis pontos percentuais na frente. Hoje, está cinco pontos atrás. Na capital, Requião tem 48% e Osmar 43%.
Na Região Metropolitana a diferença entre os dois voltou a ser elástica. Requião tem 57% dos votos, contra 37% de Osmar. E no interior, de onde Osmar sempre tirou fôlego, a situação também se inverteu. Agora, Requião tem 50% contra 45% de Osmar Dias. O governador cresceu em todas as cidades pólos do estado.
Tudo indica que Requião surfa na onda vermelha, enquanto os tucanos permanecem na maré baixa que ainda não parou de vazar. Do jeito que vai, nem reza braba muda o destino traçado. Fábio Campana, no Estadinho
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