A URBS DE BETO RICHA AUMENTA LUCRO COM CORTE DE PESSOAL.
A Urbs num processo cada vez maior de enriquecimento, acaba com cobradores em 89 linhas de ônibus com a instalação do microônibus, diminuindo a capacidade do transporte publico aumentando as superlotações.
O número de microônibus no transporte coletivo de Curitiba já é o dobro do que o de veículos de tamanho convencional. Os 280 micros também já são responsáveis por 89 linhas, enquanto aos 115 convencionais restaram apenas dezenove trajetos. Os dados são do site da Urbs e confirmam as denúncias feitas por motoristas, cobradores e usuários do transporte público em Curitiba. De acordo com as informações oficiais, alguns micros possuem capacidade para quarenta passageiros, enquanto outros para setenta. Mas são os convencionais que podem levar pelo menos oitenta pessoas de uma só vez.
“Segundo os motoristas e cobradores, a substituição da frota causa uma redução na capacidade de transporte de passageiros e também dos gastos da empresa já que dispensa pelo menos a mão-de-obra do cobrador. Como as empresas recebem por quilômetro rodado, a diminuição da capacidade não afeta sua lucratividade, mas prejudica diretamente o passageiro que perde seu conforto e segurança, os motoristas que cada vez mais têm reclamado do stress sofrido por acumular funções e os cobradores que perdem seus empregos”, contou Gleisi Hoffmann candidata a prefeita de curitba pelo PT.
A comerciária Ana Maria Rodrigues do Couto, usuária das linhas de ônibus Paineira/Fernando de Noronha/Laranjeiras denuncia que há um mês a empresa responsável trocou os veículos convencionais por micros. ”Nos horários de maior movimento, das sete até às nove da manhã, a gente fica que nem sardinha em lata. Na volta pra casa o problema é o mesmo”, diz.
Ana Maria afirma que já perdeu a conta do número de vezes que ligou para o número 156 da Prefeitura para reclamar e ouve como resposta: “É só a senhora que está reclamando.” De acordo com os usuários vários vizinhos e conhecidos, que diariamente utilizam estas linhas, já ligaram para reclamar, mas escutam a mesma resposta. “Nós que pegamos ônibus todo o dia vemos isto como um corte de gastos das empresas e desemprego para os cobradores, pois no microônibus é o motorista que tem que cobrar a passagem, cuidar do trânsito, da porta, e tudo isto com um ônibus menor. Enfim é desgaste pra todo mundo”, declara.
Deixe um comentário