Mais da metade da população mundial vive em áreas pobres urbanas
Na era da globalização, o município é o caminho para o desenvolvimento de países inteiros. As alternativas serão discutidas em Porto Alegre , entre 13 e 16 do mês de janeiro, que trará temas de um mundo que hoje comporta 6,4 bilhões de pessoas, qual vem aumentando num ritmo em torno de 75 milhões a cada ano. Desse total dois terços do crescimento populacional está acontecendo em áreas de miséria das grandes cidades. Somente esse cenário é o suficiente para justificar o grande encontro que Porto Alegre vai sediar, no próximo mês, na PUCRS.
A Conferência Mundial sobre Desenvolvimento de Cidades vai reunir governantes e, principalmente, especialistas nos mais variados temas, de inovação democrática à transformação social. Nos anos de 1930 a população representava 4% na área urbana, porém, hoje ela representa metade de população mundial. Isso significa problemas concentrados.
Segundo estudos do professor da PUC/SP, Ladislau Dowbo, nas cidades modernas são produzidos um quilo de lixo por dia em média por habitante. utro grande problema é o saneamento básico e moradia, que são lacunas em grandes cidades como o Rio de Janeiro, em que 40% da população vive em favelas. Os problemas são antigos, mas a discussão da melhoria da cidade como o grande agente dessa transformação é relativamente nova, como destaca Marlova Jovchelovitch Noleto, Coordenadora de Ciências Humanas e Sociais da Unesco no Brasil, “se fala muito de reforma agrária, mas não se fala em reforma urbana. Favelas dominam as cidades. O debate sobre como vai se dar a distribuição de terra na cidade e a posse da terra urbana é algo completamente novo. Até 20 anos atrás ninguém falava sobre isso. A cidade se tornou um local privilegiado de transformação social”, esclarece.
da Revista Bem Público – www.bempublico.com.br
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