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Agente Universitária da Unioeste é a primeira a adquirir casa própria na Vila A

Já se foram 11 anos desde que a agente universitária Márcia Correia de Souza, de 50 anos, começou a morar em uma casa na rua Corruíra, na Vila A. Na tarde desta sexta-feira (12), Márcia realizou, finalmente, o grande sonho: comprar o imóvel.

A assinatura da aquisição foi feita no Centro Executivo da Itaipu e reuniu representantes da Diretoria Administrativa da empresa e correspondentes da Caixa Econômica Federal, que vai financiar a compra.

Márcia foi a primeira de um grupo de 21 moradores e moradoras das residências cedidas em regime oneroso à Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que participaram, no final de abril, do processo de oferta da Itaipu para a venda dessas casas diretamente aos ocupantes. Outros dois moradores, servidores da Unioeste, também assinaram as compras das casas nesta sexta-feira (12).

“Eu esperei muito por esse momento. Agora, quando saio de manhã para trabalhar, eu me lembro que eu não preciso mais ficar ansiosa. Agora é a minha casa e eu não vou correr o risco de perder”, comentou Márcia, que mora no imóvel com o filho Elias, de 19 anos. Ela diz que sempre manteve o imóvel em bom estado porque sabia que um dia poderia comprá-lo.

A aquisição da casa pela Márcia e por outros(as) servidores(a) da Unioeste e de outras entidades que já estão recebendo as ofertas faz parte da decisão da atual gestão de Itaipu de priorizar a venda dos imóveis aos moradores em situação regular perante a empresa.

A avaliação do imóvel – que segue a Norma Brasileira de Avaliação de Imóveis Urbanos – é realizada por empresa especializada e validada por uma Comissão de Avaliação. Nessa avaliação são definidos os valores mínimo, médio e máximo de mercado. Sobre o valor mínimo é aplicado um desconto para se chegar ao valor de liquidação forçada – quando há a intenção de venda rápida. A avaliação considera ainda apenas a planta original, sem benfeitorias ou reformas.

Moradores que não possuem outro imóvel em Foz do Iguaçu têm a oportunidade de adquirir com um desconto adicional de 25% sobre o valor mínimo com liquidez forçada.

De acordo com o diretor administrativo de Itaipu, Iggor Gomes Rocha, os próximos passos serão ofertar a venda para outras instituições que, assim como a Unioeste, têm colaboradores(as) ocupando casas da Itaipu. No total, cerca de 800 imóveis se enquadram nesse grupo. “Seguindo o que a lei brasileira nos permite, as condições de oferta das casas são as melhores possíveis”, afirmou Iggor Rocha.

Até o final de 2026, a intenção é vender 923 casas que, nas décadas de 1970 e 1980, foram construídas como parte da infraestrutura necessária para abrigar os milhares de trabalhadores vindos de diversas regiões, atraídos pela oportunidade de emprego na construção da grande usina. Essas casas já serviram à finalidade, mas ainda permanecem sob a gestão da Itaipu.

Fotos: William Brisida/Itaipu Binacional

Moradia popular

A venda das casas das vilas A e B está diretamente ligada a um projeto maior. Os recursos provenientes dessas vendas serão destinados à construção de habitações de interesse social para pessoas em situação de vulnerabilidade. Essa ação está alinhada à missão institucional da Itaipu e às diretrizes do governo federal, contribuindo com o combate ao déficit habitacional na cidade e promovendo um modelo construtivo sustentável e de inclusão social.

Todo o processo de venda ocorrerá por etapas, ou seja, não haverá ofertas a todos os imóveis de uma única vez. No devido tempo, todos os moradores receberão uma comunicação a respeito da oferta.