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Estudo com viés eleitoral pretende antecipar 2024, diz Bobato

O estudo do observatório social apresentado à diretoria da Acifi nesta semana tem viés eleitoral e pretende antecipar o debate político para as eleições municipais de 2024, observa o secretário municipal de Transparência e Governança de Foz do Iguaçu, Nilton Bobato. “Todo estudo, pesquisa ou levantamento que procura diagnosticar a realidade de Foz do Iguaçu é sempre bem vindo. O que falta, por vezes, é contextualizar os dados e o próprio processo histórico da cidade”, disse.

“Misturar dados para justificar uma tese compromete qualquer estudo, torna-se uma análise rasa, pouco profunda e que serve somente de discurso eleitoral para protagonizar a eleição do ano que vem”, completa.

Nilton Bobato afirma que as desigualdades sociais de Foz do Iguaçu vem de longe e foram enfrentadas nos últimos sete anos com números e dados positivos tanto do ponto de vista econômico quanto social. “O governo Chico Brasileiro investiu em creches, escolas, áreas de lazer e enfrentamos de forma exemplar a pandemia, com estrutura de atendimento e vacinas, enquanto os negacionistas faziam vaquinha para comprar cloroquina”.

PIB e Censo
O secretário de Governança também usa dados do Ipardes e do PIB para contrapor as análises feitas pelo observatório. “Em setembro agora, o Ipardes divulgou o Índice de Desempenho Municipal e Foz do Iguaçu cresceu mais de 11 pontos entre 2010 e 2021, saltando de 0,6503 para 0,7686, com avanço acentuado nos últimos anos, o que denota dos investimentos e melhorias em áreas como mobilidade urbana, educação, e esporte e lazer”, disse Bobato.

A 59ª posição do ranking do PIB entre os 5.568 municípios brasileiros, segundo Bobato, é muito relevante. “Entre 2019 e 2020, Foz subiu sete posições, com PIB de R$ 15,7 bilhões para R$ 17,8 bilhões, a sexta maior economia do Paraná à frente de Ponta Grossa (62ª posição), Cascavel (80ª), Paranaguá (97ª), Guarapuava (159ª) e Colombo (227ª). No Paraná, à frente de Foz estão Curitiba (6ª posição), Londrina (47ª), São José dos Pinhais (46ª),  Maringá (47ª) e Araucária (53ª). Foz do Iguaçu é ainda a maior economia entre as 57 cidades da região oeste”, pontua.

No último censo, diz ainda Bobato, Foz do Iguaçu saltou para 285 mil habitantes, um aumento de 30 mil moradores, enquanto nos anos anteriores, a cidade perdeu justamente 30 mil moradores. “As pessoas voltaram a acreditar em Foz seja para morar, criar suas famílias e fazer investimentos”, disse.

Investimentos
Foz do Iguaçu é a cidade que mais criou empresas nos últimos anos e hoje tem 42 mil ativas, e criação dos MEIs (microempreendedores individuais) aumentou mais de 52%. “Hoje Foz do Iguaçu tem um saldo de mais de 63 mil empregos formais com carteira assinada, mais de 600 vagas abertas na agência do trabalhador e mutirões são feitos para preencher esses postos de trabalho abertos. Esses dados apontam a necessidade de enfrentar a informalidade que é grande e aumentar a renda de quem está trabalhando”, disse.

Bobato ainda aponta os investimentos privados que passam de R$ 3 bilhões e a série de atividades econômicas que estão mudando para os bairros. “Temos todo tipo de empreendimento em vários setores, além do turismo. Por exemplo, uma grande loja de departamentos se instalou na Vila A, uma rede de farmácias abriu uma filial em Três Lagoas, um grande atacarejo foi inaugurado na avenida JK, uma rede de supermercados procura áreas para se instalar no Portal da Foz e na Vila C .Isso não é pouca coisa”.

“Foz do Iguaçu está em um novo ciclo de desenvolvimento e em ascensão. Neste feriado, vamos alcançar o mesmo número de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu do que todo o ano de 2022. O setor logístico, no ano passado, movimentou US$ 5 bilhões. Como uma cidade com esses dados vai de todo mal como apontam?”, questiona Bobato.

Para o secretário de Governança, o desafio dos gestores e da própria sociedade, com o novo ciclo econômico, é ampliar o combate para erradicar a desigualdade, a pobreza e outras mazelas sociais que historicamente a cidade enfrenta. “Temos que contextualizar a relação entre a riqueza e pobreza na cidade e tomar medidas e ações frente a esses desafios”.