Curitiba sedia até esta quinta-feira (3) a Oficina da Estratégia Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nas Cidades, promovida pela Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), do governo federal. O evento, que teve início nesta terça-feira (1) no Mercado Municipal, busca estratégias para combater a insegurança alimentar nos centros urbanos e contou com a presença do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
Os secretários estaduais da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; do Desenvolvimento Social e Família, Rogério Carboni; e das Cidades, Eduardo Pimentel; e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, também acompanharam o evento. Mais cedo, o ministro esteve na sede da Ceasa Paraná, na Capital, para conhecer o Banco de Alimentos Comida Boa e assinar um termo de cooperação técnica que pretende expandir e apoiar uma rede nacional de bancos de alimentos.
Segundo o MDS, 27 milhões de brasileiros, mais de 80% das 33 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar no País, vivem nas cidades. “Tirar de novo o Brasil do Mapa da Fome significa reduzir para abaixo de 2,5% o patamar de pessoas em situação de insegurança alimentar, que é hoje em torno de 15%. E se no passado essa condição era mais observada nas áreas rurais, essa realidade agora se inverteu, e é principalmente nas cidades que as pessoas estão com dificuldades em fazer pelo menos três refeições por dia”, explicou Dias.
“O trabalho integrado com os estados e os municípios é essencial para atingir essa meta. Estamos organizando uma rede nacional para reduzir o desperdício de alimentos, aliando isso ao combate à fome. A ideia é trabalhar de forma conjunta com os bancos de alimentos das Ceasas, comércio atacadista e supermercados”, acrescentou o ministro.
Além das iniciativas do Governo do Estado, que incluem também o Cartão Comida Boa, uma rede de restaurantes populares em diversos municípios e hortas urbanas, também foram apresentados os projetos da Prefeitura de Curitiba para a área, como as Mesas Solidárias e Armazéns da Família, entre outros.
“Curitiba tem uma grande estrutura para garantir a segurança alimentar da população, o que inclui quatro Mesas Solidárias gratuitas, cinco Restaurantes Populares que servem refeições a R$ 3,00, 35 Armazéns da Família que vendem a comida 30% mais barata, 12 sacolões, cozinhas populares nos bairros, 147 hortas comunitárias e duas fazendas urbanas”, explicou Greca. “Nós procuramos sempre que a mesa seja servida com dignidade, para garantir o respeito às pessoas”.
Além das ações já promovidas pelas secretarias da Agricultura e do Desenvolvimento Social, a Secretaria das Cidades também apoia iniciativas voltadas à segurança alimentar. Com apoio da pasta, o município de Rio Branco do Sul, da Região Metropolitana de Curitiba, também está ganhando um Armazém da Família, que atualmente é uma iniciativa da Capital.
“A segurança alimentar e nutricional é uma pauta que une os municípios, o Estado e o governo federal. A integração é a forma de auxiliar quem precisa. No Estado também fazemos um trabalho transversal entre as secretarias para apoiar a agricultura familiar, a agricultura urbana e as iniciativas municipais nessa área”, destacou Pimentel.
Fonte: Aen Pr / Foto: Gilson Abreu/AEN
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