O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) defendeu enfaticamente nesta segunda-feira, 7, o regime democrático no Brasil. “A democracia tem defeitos? Tem muitos, mas não há regime melhor que a democracia”, disse. “É muito melhor trabalhar com os defeitos da democracia do que aceitar regimes ditatoriais, sejam eles de direita ou de esquerda”, afirmou da tribuna do legislativo.
“A ditadura é perseguição, tortura, morte, obscurantismo e exclusão”, continuou o deputado. “A ditadura caiu de podre no Brasil depois de 21 anos. Quando restabelecemos a democracia, restabelecemos o maior bem que um País pode ter”, acrescentou Romanelli. “Democracia não é aceitar tudo que o outro faz. Democracia é respeitar as regras do jogo democrático, dentro das ‘quatro linhas da Constituição’”, ressaltou ele, lembrando termo usado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
No pronunciamento, Romanelli criticou os bloqueios ilegais de vias urbanas e rodovias, além das manifestações que pedem intervenção militar. “Ir e vir é um direito sagrado”, pontuou. “Manifestações pacíficas, que não atentem contra o Estado Democrático de Direito, podem ser realizadas. É livre a manifestação na democracia, mas na ditadura todos seriam reprimidos. Quem não viveu a época da ditadura acha que é uma coisa seletiva e não é”, sustentou.
Psiquiatria – Romanelli também citou a opinião do psiquiatra Fabiano Horimoto, na qual o médico descreve que o protestos recentes no Brasil podem ser resultado de um mal chamado Dissonância Cognitiva Coletiva, que ocorre quando uma parcela da sociedade acredita firmemente em teorias da conspiração. “Isso acontece quando as pessoas estão em delírio e se recusam a aceitar a realidade”, explicou o parlamentar.
“A realidade é que tivemos eleições regulares e fomos eleitos em um processo democrático que teve todas as regras respeitadas. O resto é o chamado Jus Sperniandi”, apontou Romanelli, citando que as teses sobre fraude nas urnas eletrônicas não se sustentam. “Podemos gostar ou não do resultado das eleições, mas temos um sistema que é um grande exemplo de licitude e de correção. É um sistema auditável e auditado por todas as instituições brasileiras”.
Durante sua fala, Romanelli elogiou a postura do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano, que também fez uma defesa da democracia. “O País tem uma constituição cidadã, democrática. O nosso ordenamento tem que ser respeitado. Fez bem o presidente de defender a democracia e o Estado Democrático de Direito. Para isso que fomos eleitos e a sua fala é a fala do parlamento do Paraná”.
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