A Prefeitura de Curitiba está ampliando a integração do transporte com a região metropolitana, com mais uma linha, dessa vez de Campina Grande do Sul. Até agora, o município vizinho não tinha uma ligação direta com a capital.
A partir de sábado (25/9), a estação-tubo Fagundes-Varela, no trecho norte da Linha Verde, passa a receber passageiros da N01-Jd Paulista/Fagundes Varela, linha de ônibus que passa a ligar Campina Grande do Sul a Curitiba. Na estação será possível fazer conexões com terminal do Cabral, o Centro e o Sul da capital, com o pagamento de uma única passagem.
A ampliação da integração é possível graças a um convênio entre a Urbanização de Curitiba (Urbs), que administra o transporte coletivo na capital, e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), responsável pelo transporte metropolitano.
Com a integração, usuários que se deslocam entre os dois municípios passam a pagar apenas uma passagem para o trecho, reduzindo os custos pela metade. Na prática, a ida e volta chegava a R$ 18,50 por dia, considerando as passagens de R$ 4,75 em Campina Grande do Sul e de R$ 4,50 em Curitiba. Agora poderão fazer o mesmo com o desembolso de R$ 9,25.
Para o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a integração facilita a vida do usuário, que reduz tempo de deslocamento e ainda economiza na passagem. “Com a conclusão desse trecho da Linha Verde Norte, uma nova rota de transporte se abre, com possibilidade de maior conexão com a Região Metropolitana de Curitiba. Já colocamos a integração com Colombo, agora estamos fazendo a com Campina Grande do Sul”, diz.
Essa é a quinta linha – e a segunda metropolitana – a passar na estação Fagundes Varela, inaugurada em julho desse ano como parte da conclusão de mais uma etapa da Linha Verde Norte. No início de setembro, começou a operar na estação a linha metropolitana B42 Maracanã/Linha Verde, que liga Colombo e Curitiba.
Um dos benefícios da nova integração é facilitar o deslocamento até o Hospital Angelina Caron, localizado em Campina Grande do Sul. O hospital tem mais de 2 mil funcionários e faz cerca de 400 mil atendimentos por ano.
A linha JdPaulista/Fagundes Varela conta com três ônibus, com intervalos de 20 minutos nos horários de pico e que percorrem um trecho de 12 quilômetros. A previsão é transportar até mil passageiros por dia.
Na estação, os passageiros da nova linha poderão fazer integração com o Ligeirão 350 – Fagundes Varela / Pinheirinho com destino à região Sul da cidade, com a linha 211 – Colina Verde com destino ao terminal Cabral ou com a linha 374 – Hugo Lange com destino ao centro da cidade.
Como vai funcionar
A operação da linha de Campina Grande do Sul ocorrerá na estação Fagundes Varela sentido Pinheirinho para o desembarque de todos os passageiros oriundos da região metropolitana.
Após o desembarque, a linha dará o giro vazio (sem passageiros) na estação e fará o embarque dos passageiros no sentido Atuba que deverão retornar ao município vizinho de Campina Grande do Sul, diretamente ao Terminal Jd. Paulista.
Outra alteração
Com a chegada de mais uma linha à estação Fagundes Varela, os usuários precisam ficar atentos, porque o transporte passa a ser feito em dois sentidos. Até agora, todos embarques e desembarques eram feitos no sentido Atuba.
As linhas 374 – Hugo Lange e 211 – Colina Verde, quando estiverem sentido Centro e Terminal Cabral respectivamente, utilizarão a estação Fagundes Varela sentido Pinheirinho. Quando estiverem sentido Terminal Bairro Alto e bairro (Colina Verde), usarão a plataforma sentido Atuba.
A Linha Ligeirão 350 – Fagundes Varela / Pinheirinho, passará a utilizar a estação sentido Pinheirinho apenas para o embarque de passageiros, sendo o desembarque realizado na estação sentido Atuba.
Linha Verde
A Linha Verde é o 6º eixo de transporte e de integração viária de Curitiba. Ao todo serão 22 quilômetros de extensão de uma via urbana ao longo do eixo ligando a cidade do Sul ao Norte, desde o Pinheirinho ao Atuba, com estrutura de transporte e urbanização, beneficiando 22 bairros em uma área de abrangência onde vivem perto de 300 mil pessoas. As obras têm o financiamento por parte da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).
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