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FSP diz que 4.060 vacinas vencidas contra Covid foram aplicadas no Paraná

Vacina Oxford/AstraZeneca para imunizacao em profissionais de saude no Centro de Controle de Agravos (CCA) em Pinhais na regiao metropolitana de Curitiba. 03/02/2021. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Matéria da Folha de S. Paulo desta sexta-feira, 2, aponta que pelo menos 26 mil doses vencidas da vacina AstraZeneca foram aplicadas em diversos postos de saúde do país, conforme dados do Ministério da Saúde. Dessas, 4.060 foram aplicadas no Paraná. Maringá é a cidade brasileira que mais aplicou imunizante vencido (3.536), Curitiba não há registro e Foz do Iguaçu, 129 doses estariam irregulares.

“Além disso, outras 114 mil doses da vacina AstraZeneca que foram distribuídas a estados e municípios dentro do prazo de validade já expiraram. Não está claro se foram descartadas ou se continuam sendo aplicadas”, escrevem os repórteres Estêvão Gamba e Sabine Righetti.

AstraZeneca é a vacina mais usada no Brasil. Ela responde por 57% das doses aplicadas neste ano. A imensa maioria foi utilizada de acordo com as orientações do fabricante. Todos os imunizantes expirados integram oito lotes da AstraZeneca importados ou adquiridos por consórcio. Um deles passou da validade no dia 29 de março. O que venceu há menos tempo estava válido até 4 de junho.

Em Foz do Iguaçu, conforme levantamento do jornal, as vacinas vencidas foram aplicadas nas UBSs do Jardim América (100 doses), Campos do Iguaçu (8), Vila Adriana (6), Portal da Foz (5), Padre Monti (4), Três Lagoas (3), Parque Presidente (2) e Carimã (1).

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19, quem tomou imunizante vencido precisa se revacinar pelo menos 28 dias depois de ter recebido a dose administrada equivocadamente. Na prática, é como se a pessoa não tivesse se vacinado.

O plano define, também, que cada indivíduo vacinado seja identificado com o lote da imunização recebida, o produtor da vacina e a dose aplicada. Isso é feito justamente para acompanhamento do Ministério da Saúde e eventual identificação de erros vacinais.