O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) afirmou nesta sexta-feira (12) que o governo federal quer fazer do Paraná um laboratório para as novas concessões rodoviárias ao propor o modelo híbrido de concorrência, que inclui o pagamento de uma taxa de outorga na disputa pelos lotes a serem leiloados.
Segundo ele, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, está sendo intransigente ao defender uma proposta que é rejeitada pela sociedade paranaense. “Querem fazer do Paraná um laboratório e isso não dá para aceitar”, declarou Romanelli na audiência pública da Frente Parlamentar Sobre os Pedágios, realizada em Cornélio Procópio.
O deputado afirmou ainda que o governo federal tem um quadro técnico que pode elaborar outras alternativas para o leilão de rodovias que cortam o Paraná. “Tem que ter competência para formular uma proposta diferente”, disse.
Tributo – Romanelli disse que o projeto defendido pelo ministro mais parece um modelo de negócio e que os paranaenses já estão mobilizados contra a ideia apresentada. “Não somos cidadãos de segunda classe. Não podemos pagar mais um tributo porque o ministro quer”, ponderou.
“O justo é fazer como em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com um leilão aberto, disputado pelo menor preço de tarifa”.
O deputado explicou que atrair o setor privado para cuidar de rodovias é para que haja ganho de eficiência na gestão das estradas. “Tem que trazer a iniciativa privada para ter ganho de eficiência. Senão, não tem sentido isso”, disse. “O privado deve participar da concorrência, mas oferecendo desconto, melhor preço”.
JATAIZINHO – Uma das propostas defendidas pela sociedade de Cornélio Procópio foi a extinção da praça de pedágio de Jataizinho, uma das mais caras do Brasil, com tarifa de R$ 26,4 para veículos de passeio. “Ali se paga uma super tarifa. Defendemos o fechamento da praça ou, no máximo, que seja instituída uma tarifa de pedágio de manutenção. Esta praça trouxe grandes prejuízos ao Norte Pioneiro”, disse Romanelli.
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