O ex-deputado federal paranaense Alencar Furtado, que cumpriu três mandatos até ser cassado pelo regime militar, foi internado em unidade de terapia intensiva na segunda-feira (28). A informação é do comentarista político e historiador Sylvio Sebastiani.
Furtado, pai de Heitor de Alencar Furtado, assassinado em Mandaguari quando era deputado federal, tem 95 anos e mora em Brasília (DF). Alencar é advogado,. Formou-se em 1950 na Faculdade de Direito do Ceará em 1950. Militante da Esquerda Democrática, uma dissidência da antiga UDN que originaria o Partido Socialista Brasileiro (PSB), foi um dos fundadores dessa última legenda no Ceará. Depois de formado, mudou-se para o Paraná. Residiu durante muitos anos em Paranavaí, onde foi advogado da prefeitura.
Com a criação do bipartidarismo, filiou-se ao MDB, sendo eleito suplente de deputado estadual em 1966 e presidente do diretório regional da legenda (1969-1970). Foi eleito deputado federal pelo Paraná em 1970 e 1974, tendo chegado ao posto de líder de bancada, sendo parte do grupo dos chamados “autênticos” do MDB. Mas teve o seu mandato cassado em 30 de junho de 1977 pelo presidente Ernesto Geisel. Privado de seus direitos políticos, elegeu em 1978 o filho Heitor Alencar Furtado para ocupar seu lugar.
Após a decretação da anistia, foi reeleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. O assassinato de seu filho Heitor, naquele mesmo ano, o abalou profundamente. Depois da eleição de Tancredo Neves para a Presidência da República, Alencar acabou por entrar em colisão com o seu partido ao disputar em 1985 a presidência da Câmara dos Deputados contra o paulista Ulysses Guimarães.
Em 1986, pelo PMB, disputou o governo do Paraná em chapa com o arquiteto e ex-prefeito de Curitiba Jaime Lerner, na época no PDT. Todavia, foi derrotado pelo peemedebista Alvaro Dias, que era senador
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