Daiana Costa, que deixa também uma filha de 11 anos, não chegou a conhecer a filha recém-nascida.
A mãe que deu à luz a uma menina no último dia 3 de dezembro no Hospital Vita, em Curitiba, enquanto lutava contra a covid-19, não resistiu após uma piora do quadro respiratório. Daiana Costa, 33 anos, morreu na tarde de sábado (26) na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Vita, onde estava entubada desde o início do mês.
Com a piora no quadro de saúde da mãe, o parto da Catarina Vitória Costa da Silva precisou ser realizado de forma prematura, com sete meses e meio de gestação. A bebê nasceu com cerca de 1,5 kg. O pai da menina, Helton Silva, 33 anos, pedia orações para a família pelas redes sociais. Daiana morreu sem conhecer a pequena Catarina.
Segundo a Tatiane Silva Lima, madrinha da Catarina e irmã de Helton, à medida do possível corria tudo bem, a Catarina já havia deixado a incubadora e a família tinha esperança na recuperação da mãe. “Mas o hospital ligou no sábado informando que o estado de saúde da Daiana havia piorado. Pediram que o Helton e os pais fossem até lá. Infelizmente, Deus precisava do seu sorrido ao seu lado. Nossa guerreira cumpriu sua missão aqui na Terra e agora cuidará de suas duas princesas do céu”, relatou a Tatiane Silva.
Daiana Costa, que deixa também uma filha de 11 anos, não chegou a conhecer a filha recém-nascida. “Foram cerca de dois anos tentando engravidar. Já não havia esperança no tratamento, mas no dia dos namorados veio a notícia de que a Daiana estava grávida, no meio da loucura desta pandemia”, contou a madrinha.
O parto foi uma grande mobilização, envolvendo dois hospitais de Curitiba. Como o Hospital Vita não possui uma UTI Neo Natal, profissionais de outro hospital, o Santa Cruz, foram mobilizados para realizar uma cesárea de emergência e salvar a vida da pequena Catarina. Após o nascimento, a bebê foi encaminhada para o Hospital Santa Cruz, onde segue internada, Segundo a família, ela apresenta quadro saudável, “não faz uso de aparelhos, nem medicamentos e está mantendo sua temperatura sozinha, mamando na mamadeira cerca de 25 ml em média”. O pai viu a filha pela primeira vez no dia 10 de dezembro.
Daiana era professora da rede municipal de Curitiba. Helton Silva é autônomo no ramo de sonorização.
Via Tribuna PR
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