Reformas e modernizações na Cadeia Pública Laudemir Neves e na Penitenciária Estadual de Foz do Iguaçu I (PEF I), como a troca de válvulas de descarga , gerou uma economia de 25,2 mil metros cúbicos de água em três meses.
Entre maio e julho, as duas unidades consumiram, ao todo, 22.282 metros cúbicos de água, 25,2 mil a menos do que no mesmo período do ano passado, quando foram consumidos 48.556 metros cúbicos de água.
O investimento na Cadeia Pública, de cerca de R$ 240 mil por meio do sistema de registro de preços da Secretaria da Segurança Pública do Paraná, incluiu, entre outros itens, a substituição de válvulas de descargas. Na Penitenciária, a obra custou R$ 10,4 mil e foi feita com fundo rotativo do Departamento Penitenciário (Depen).
“O Paraná sofre uma das maiores crises hídricas de sua história. Por isso, o Departamento Penitenciário tem proposto algumas modificações a fim de tornar os locais mais sustentáveis”, afirmou o diretor-geral do Depen, Francisco Alberto Caricati.
“Os atuais modelos das válvulas, além de serem antivandalismo, possibilitam o uso racional da água. Com isso, percebemos uma economia de mais de R$ 388 mil entre maio e julho de 2020, quando comparado com o mesmo trimestre de 2019, informou o coordenador regional do Depen em Foz do Iguaçu, Marcos Aparecido Marques
A economia prevista em 12 meses, de acordo com o coordenador, será em torno de R$ 1,5 milhão.
Presos trabalhando
Nesta obra da Cadeia, um acordo entre o Depen e a BMB Construções Eireli permitiu que os próprios presos fizessem os reparos necessários. “Este é um caso de canteiro de trabalho cooperado. Fazemos um convênio com a empresa e ela é responsável por pagar um salário mínimo a cada um dos internos”, afirmou o chefe do chefe do Setor de Produção e Desenvolvimento (Seprod) do Depen do Paraná, Boanerges Silvestre Boeno Filho.
Desse valor, 75% vão para o preso e o restante (25%) para o Fundo Penitenciário do Depen. “O salário do preso é depositado em uma poupança prisional do Banco do Brasil. Caso ele permita, a família pode sacar até 80% do valor. O restante fica retido e ele só retira quando ganhar a liberdade, com a autorização do banco”, explicou Boanerges.
Já na Penitenciária de Foz do Iguaçu I, detentos que estavam implantados no setor de manutenção do presídio ficaram responsáveis pelas obras.
Esses presos, segundo Boanerges, são pagos pelo Fundo Penitenciário, ou seja, com os 25% restantes do salário dos presos contratados pelos convênios empresariais. Nas duas modalidades, além de economizar recursos do Governo do Estado na contratação de pessoal, o emprego de mão de obra prisional gera benefício para os próprios detentos.
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