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Vertimento garante navegabilidade no Paraguai e Argentina pelo menos até fim de maio

O vertedouro da usina de Itaipu voltou a escoar nesta terça-feira (19), às 00h30, e fechou por volta das 8h30. O vertimento médio foi de 1,3 mil metros cúbicos de água por segundo, o equivalente à vazão média das Cataratas do Iguaçu, em época normal. Uma nova reabertura vai depender da programação do Operador Nacional do Sistema (ONS), que leva em consideração o melhor aproveitamento da água e da energia. A operação de abertura é para ajudar a elevar o nível a jusante e permitir o escoamento da safra do Paraguai e da Argentina.

A reabertura inicial ocorreu na segunda-feira (18). Ao longo de 12 dias, a usina deve contribuir diariamente com a vazão defluente média de 8,5 mil metros cúbicos por segundo, permitindo que o nível do rio a jusante da usina suba entre 2 e 3 metros, segundo o superintendente de Operação da Itaipu, José Benedito Mota Júnior.

Com a abertura e o aumento do nível do Rio Paraná, mais de 200 mil toneladas de soja, avaliadas em US$ 60 milhões, poderão seguir para o mercado exterior.

Vertimento

O superintendente de Operação da Itaipu disse que a abertura do vertedouro é necessária para ajudar a Itaipu a completar a defluência de 8.500 metros cúbicos por segundo, porque a usina tem produzido bem abaixo de sua capacidade e não consegue toda essa defluência média diária apenas com a geração de energia. A causa é a redução da demanda por energia elétrica, tanto no Brasil como no Paraguai, devido às medidas de prevenção ao novo coronavírus.

Assim, o que não for atingido com a água turbinada (isto é, que produz energia e volta para o rio), será compensado com a abertura do vertedouro, utilizando a água do reservatório.

Segundo Mota Júnior, durante 12 dias o sistema em Itaipu vai funcionar desta maneira, liberando gradualmente mais água. Ele estima que o reservatório da usina será deplecionado (rebaixado) em 1,5 a 2 metros.

O reservatório estava, na segunda-feira, na cota normal, de 219,10 metros acima do nível do mar. Mesmo com o rebaixamento, a usina continuará em plena condição de operar, visto que a demanda por eletricidade deverá demorar até normalizar.

Imprensa da Itaipu