A gestão Jair Bolsonaro terá de elaborar um plano de ação claro caso queira, de fato, enfrentar temas espinhosos, como as reformas tributária e da Previdência, a fim de fazer o País crescer. A avaliação é de parlamentares paranaenses ouvidos pela Agência Câmara. As informações do blog Política em Debate no Bem Paraná.
Uma das reformas consideradas necessárias, a tributária, já foi aprovada em comissão especial e está pronta para ser votada no Plenário. A proposta extingue dez tributos e, em seu lugar, cria dois impostos sobre bens e serviços. Relator do texto, o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB) ressalta que o governo Bolsonaro precisará ter habilidade para negociar suas pautas. “O presidente tem de apresentar ao Congresso e à Nação seu plano de reforma do Estado. Falta dinheiro para saúde, educação e segurança”, afirma.
“É necessário fazer muitas mudanças para melhorar a economia nacional. No Brasil, não basta crescer 3%, que é a média mundial. Temos de crescer o dobro, pois a renda per capita está baixíssima”, acrescenta Hauly.
Outro entrave a ser enfrentado pelo Executivo é o deficit fiscal no Orçamento de 2019 – que pode chegar a R$ 139 bilhões. O deputado Enio Verri (PT) cita também a a Emenda Constitucional do Teto de Gastos, que limitou o crescimento das despesas do governo brasileiro durante 20 anos.
Segundo Verri, a falta de experiência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no setor público pode pesar. “Se ele não se articular com setores da sociedade, não ouvir, em especial, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, os seus projetos não serão aprovados e, consequentemente, aquilo que ele fala que vai fazer não se realizará”, comenta. “Esse desconhecimento de como funciona a máquina pública terá um custo político para o governo Bolsonaro e um custo social para toda a população”, prossegue o parlamentar.
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