O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o recurso do Ministério Público do Paraná (MP-PR), na quarta-feira (24), e disse não estar impedido de julgar o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) por causa de declarações dadas à imprensa. As informações são de Ederson Hising e José Vianna no G1 Paraná.
Mendes concedeu habeas corpus de ofício, em 14 de setembro, que tirou da prisão o político e outras 14 pessoas investigadas na Operação Rádio Patrulha, do MP-PR, que apura crimes em licitações para o reparo de estradas rurais do estado.
Segundo o MP-PR, Richa é suspeito de integrar esquema de propina, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça.
Dois dias antes da decisão, o ministro comentou a atuação de procuradores que levou Richa, à prisão, à época candidato ao Senado, e ações apresentadas contra os presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB).
Para Gilmar Mendes, houve “notório abuso de poder” porque ações como essas do Ministério Público em meio à eleição interferem no processo eleitoral e “isso não é bom para a democracia”.
Na recusa ao recurso, o ministro afirmou que as críticas “foram dirigidas a um conjunto de investigações e decisões proferidas durante o pleito eleitoral, que atingiu diversos candidatos, e não apenas o investigado pelo Ministério Público do Paraná”.
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https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2018/10/25/gilmar-mendes-rejeita-recurso-do-mp-pr-e-diz-nao-estar-impedido-de-julgar-beto-richa.ghtml
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