Central Político
As notas fiscais emitidas por empresas, algumas de Curitiba, para justificar a reforma inexistente no apartamento tríplex, no Guarujá, litoral paulista, e servir de base para a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apontam para uma fraude processual. Nenhum dos produtos ou serviços cobrados, segundo a Justiça Federal, foi efetivamente entregue.
As notas fiscais foram emitidas pela empresas Tallento Construtora, GMV Latino America Elevadores, TNG Elevadores e Kitchens Cozinhas e Decorações. As duas primeiras têm sede na capital paranaense. Sequer os elevadores, a cozinha planejada ou as obras de alvenaria foram entregues, conforme constatou o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), ao ocupar o imóvel, na semana passada.
A dona da Tallento Construtora é Maria Clara Baumgart Gonçalves. Ela é filiada ao PSDB de Realeza-PR desde 1991. A parte estranha do negócio é que a OAS, sediada em São Paulo, tenha contratado empresas justo de Curitiba, onde situam-se os procuradores e o juiz da Lava Jato, para reformar um apartamento, anos atrás.
Mais estranho é notar que a reforma nunca ocorreu. Pior ainda é o fato de o juiz Sergio Moro ter negado cinco vezes que a defesa fosse ao apartamento para fazer uma perícia. Moro ainda manteve as “provas” usadas no processo em sigilo, ou seja, a defesa de Lula sequer sabia do que se tratava.
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