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Colégio de Curitiba faz “baile azul” para deficientes com autismo

Colégio de Curitiba faz "baile azul" para deficientes com autismo

Dentro da programação da semana de conscientização do autismo, criada por lei do vereador Pier Pietruzziello, o colégio estadual Júlio Wanderley promoveu nesta quinta-feira, 4, o “baile azul”, organizado pelos próprios alunos da escola. “A ação merece destaque porque o colégio fez uma atividade com abordagem diferente. Em vez de palestras sobre transtorno do espectro autista, se conseguiu visibilidade, informação e promoção da inclusão de forma empírica”, disse Petruzziello. O colégio tem sete alunos com TEA e fez a inclusão de forma prática.

A sugestão da atividade surgiu da comunidade, estudantes, pais e professores. “É uma nova abordagem sobre o tema com protagonismo dos alunos que trabalharam na decoração e nos cartazes e informativos do baile azul”, disse Pietruzziello.

O diretor da escola, Cristiano André Gonçalves, disse que em 2017 os alunos do sexto ano visitaram todas as classes e agradeceram pela acolhida que tiveram com os alunos autistas. “Nesta escola, a inclusão acontece de verdade. Nós todos – alunos, professores, funcionários – apendemos todos os dias”. Atividades como essa são comuns no colégio, adianta o diretor, mas com a temática do TEA foi a primeira vez o que coloca o Júlia Wanderley como pioneiro na forma de abordar o assunto.

A atividade no colégio curitibano foi incentivada pela lei municipal do vereador Pier Pietruzziello que criou a Semana de Conscientização sobre o Autismo. A lei, a primeira em Curitiba sobre o tema, soma-se aos esforços da ONU pela visibilidade do TEA que culmina sempre em 2 de abril – dia internacional de conscientização do autismo.

Com a lei, atividades de conscientização podem ser promovidas durante o horário escolar, como parte do conteúdo curricular, sem comprometer a carga horária das aulas. “Isso é um grande passo para gerar debate. Muitas pessoas questionam a necessidade dessas datas, mas para nós que vivemos a realidade da PcD (pessoa com deficiência), sabemos que essas oportunidade de discussão ainda precisam ser fomentadas”, destaca `Pietruzziello.