Aroldo Martins
Estamos viajando as cidades do Paraná levando uma bandeira de suma importância para todos os brasileiros: incentivar a população a comparecer no dia 7 de outubro às urnas. As lideranças políticas deveriam fazer o mesmo porque os últimos acontecimentos e todo esse levante de movimentos contra a corrupção tem feito com que algumas figuras, principalmente graças ao trabalho do juiz Sérgio Moro no Paraná, estejam atrás das grades.
Existem duas figuras que por corrupção, por desvio de dinheiro, recebimento de propina, somam mais de 400 anos de sentença e, por serem crimes de colarinho branco, infelizmente não vão cumprir longas penas. O máximo que a legislação brasileira permite é ficar preso durante 30 anos, mas nem perto disto chegarão.
Isso faz com que a população veja o que está acontecendo como regra, quando na verdade eles não são regra, eles são exceção. A regra é que a política seja social, que a política da gestão pública seja voltada para o povo, para os menos favorecidos, para os mais necessitados.
E aqueles que recebem cargo eletivo tenham a certeza de que se lhes é dado o cargo eletivo, eles devem exercer como servidores público e não ter seus cargos para beneficiar a si mesmos, defender interesses próprios, interesses de seus grupos políticos, empresariais e de negócio, mas que defenda, principalmente, aquelas pessoas que não tem poder de falar. Seria obrigação deles terem a sensibilidade de compreender qual é o anseio das pessoas que não conseguem falar, para que eles se tornem verdadeiros representantes delas.
Nós postulamos uma reforma política completa e, inclusive, na próxima legislatura, todos os que forem eleitos, ainda que seja um sonho, sejam de pessoas que concorressem pela primeira vez, que passássemos um rodo em tudo que é oligarquia de família. Nas cidades do Paraná e do Brasil, duas, três, quatro famílias fazem rodízio político para ver, na briga dos dados, quem vai para a prefeitura, quem vai para a Assembleia Legislativa, quem vai para a Câmara Federal e até para o governo do Estado.
Então, é contra o dadinho, é contra o jogo de cadeiras, é contra as oligarquias e a favor da eleição de pessoas que nunca concorreram, de pessoas que nunca tiveram mandato para aquele cargo e estão tentando se eleger para mostrar à população brasileira que nós somos brasileiros, não desistimos nunca e que os corruptos é que são a exceção. Nós somos a regra e a regra deve prevalecer.
Estamos com esse dever patriótico, com a ideologia do PRB, que é uma ideologia de transparência, de honestidade, de trabalho, de ação social. A maioria de nossa executiva nacional é composta de pessoas que fazem há mais de 20, 30 anos um trabalho social, voltado para o povo e o nosso trabalho é um trabalho patriótico, porque vemos o quanto as pessoas menos favorecidas, menos ouvidas, sem representação têm dificuldade de serem entendidas.
É por isso que estamos aqui, para lançar um desafio, que no dia 7 de outubro não deixe de comparecer às urnas, não acredite que o que eles veem, que não estão gostando e que nós também não gostamos do que vemos, isso não é a verdadeira política. Política não é a política eleitoreira e politiqueira. Política é a política que… o Papa Francisco falou numa homilia de domingo em Roma, há algumas semanas atrás: política é a melhor maneira de se fazer o bem ao próximo, de se fazer caridade.
Ele fez uma conclamação e nós fazemos uma conclamação a pessoas de bem, para que se envolvam na política para fazer caridade, bem ao próximo. No Executivo e no Legislativo é que estão os maiores orçamentos, municipal, estadual e federal, para usar exatamente como política de alcance aos menos favorecidos, na educação, na saúde, no transporte, na segurança, no saneamento básico, no plano de carreira e oportunidades de trabalho, na previdência, etc, etc.
Apenas 30% dos mais de 5.000 municípios do Brasil tem saneamento básico. Nós vivemos num país rico, mas quem está no Executivo, ou quem esteve no Executivo e no Legislativo, que poderia fazer alguma coisa, não soube ou não quis utilizar o orçamento para favorecer aqueles que passam, muitas vezes, com esgoto a céu aberto na frente de casa, que a rua não é asfaltada ou que a rua não é iluminada, ou que até mesmo não tem encanamento em casa.
Nós somos um país tão rico e apenas 30% tem saneamento básico, o que demonstra uma pobreza muito grande, uma queda enorme na qualidade de educação, um atendimento de saúde vergonhoso, muito trabalho a fazer, mas para fazermos esse trabalho, precisamos que a população esteja com o título em dia e que, no dia 7 de outubro não fique em casa, sabendo que se não votar pagará três reais e uns “quebradinhos” para regularizar a sua situação eleitoral, mas não participou do processo, e isso é triste.
Vamos acreditar. Somos brasileiros e não desistimos nunca. Então vamos dar, com o nosso voto, poder a quem deve receber poder. A Constituição brasileira diz que o poder emana do povo e deve ser exercido pelo povo, diretamente ou através de seus representantes. Nós vivemos numa pirâmide, o poder da pirâmide está embaixo, é a base, é a comunidade, são os municípios, são as famílias, os que são os menos favorecidos. O poder vem deles, tem que ser exercido para eles e para servir a eles.
Que a população se apodere desse poder, dizer “ah, é, então sou eu quem coloca lá? Sou eu quem não coloca lá? Então eu vou participar e vou colocar lá quem eu quero”. Esse “quem eles querem” não é aquela pessoa que lhes favorecerá, como ajudar a terminar a sua casa, dar tijolos para o muro, telhas, dentadura ou favorecimento com um emprego, um cargo público. Porque quando você aceitar qualquer coisa de um político você dirá qual é o seu preço e o político virará as costas para você, e você vale muito mais do que isso. Você é um trabalhador, você é mãe, você é pai, você tem um filho, precisa de educação, precisa de saúde, eles precisam de saúde, você precisa de um plano de carreira, os nossos avós, os nossos pais precisam ser tratados com respeito, com uma previdência justa e honesta. Não se venda. Analise muito bem quem são seus candidatos.
Outra coisa, essa questão bairrista que é defendida por aqueles que querem agir como oligarcas dentro das suas regiões dizendo “só votem em gente da terra”, tem sido comprovado por estudos, que as pessoas da própria terra não são as melhores pessoas para ajudar e que por ser família da terra não quer dizer que são as melhores. Mande uma mensagem, vamos mudar o cenário político nacional.
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