A presidente nacional do PT e senadora paranaense Gleisi Hoffmann afirmou, em entrevista ao site Poder 360, que será preciso “matar gente” para prender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No próximo dia 24, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região julga recurso da defesa de Lula contra decisão do juiz Sérgio Moro, que o condenou a nove anos e sete meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex. Caso o recurso seja rejeitado, o petista pode ser enquadrado na lei da “Ficha Limpa”, e com isso, ficaria impedido de disputar a eleição para a presidência da República. As informações são de Ivan Santos no Bem Paraná.
“Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar”, afirmou Gleisi. Segundo a senadora, caso os desembargadores mantenham a decisão de Moro, isso significaria que “eles desceram para o ‘play’ da política […] No ‘play’ da política nós vamos jogar (…) E vamos jogar pesado”.
Para a dirigente do PT, mesmo que seja condenado em segunda instância, Lula não poderá ser impedido de se candidatar. “A candidatura vai ser decidida na Justiça Eleitoral”, avaliou. Segundo ela, o partido pretende entrar com todos os recursos possíveis na Justiça eleitoral e registrar a candidatura de Lula em agosto. “Como é que vai cassar o voto de 40, de 50 milhões de brasileiros?”, perguntou Gleisi.
“Essa condenação não tem nada a ver com a candidatura. A candidatura do Lula vai ser decidida na Justiça Eleitoral. Porque a candidatura só se resolve na Justiça Eleitoral. É em outra esfera. Não tem nada que nos impeça de registrar Lula como candidato no dia 15 de agosto”, afirmou ela.
Na entrevista, Gleisi – que responde processo no Supremo Tribunal Federal, sob a acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao lado do marido e ex-ministro Paulo Bernardo – confirma que não deve tentar a reeleição para o Senado. “Eu devo ir para deputada federal. É a discussão que a gente está fazendo, nós estamos priorizando a chapa para deputados federais e a configuração de majoritários no Paraná para essa eleição é mais difícil”, explicou ela.
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