O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (23) que a indefinição do governo em relação à reforma ministerial não vai influenciar os debates e a articulação para a votação da reforma da Previdência.
Nesta quarta (22), o Palácio do Planalto voltou atrás na decisão de nomear o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) para a Secretaria de Governo, atualmente ocupada pelo ministro Antonio Imbassahy, do PSDB.
A pasta, responsável pela articulação política com o Congresso, é cobiçada pelo PMDB, partido do presidente Michel Temer. Além disso, Imbassahy não é bem aceito por setores da base aliada. Mas Temer quer mantê-lo no governo como uma forma de contar com apoio de tucanos em votações importantes.
Com isso, a reforma ministerial, alardeada há duas semanas como uma estratégia do governo para fortalecer a base e aprovar a reforma da Previdência, mal saiu do papel. Apenas uma mudança foi concretizada. A nomeação de Alexandre Baldy (sem-partido-GO) para a pasta das Cidades.
Ao chegar à Câmara, Maia foi questionado por jornalistas sobre o impacto dessa situação na aprovação das mudanças nas regras previdenciárias.
“Não vai influenciar. Nós vamos continuar trabalhando. Nós já tivemos outros problemas e conseguimos aprovar matérias importantes. O nosso papel é: se houver um problema, ele vai certamente, em algum momento, ou vai consolidar a posição atual ou vai fazer alguma mudança. Mas isso aí é um problema do presidente Michel Temer. Ele tem toda experiência para dar uma solução para isso. O nosso papel é continuar com nossa agenda”, afirmou o presidente da Câmara.
Ainda segundo Maia, a base aliada tem uma unidade em torno do tema das reformas que devem ser votadas no Congresso. Ele disse que “mudanças ou não” nos ministérios devem ser “tratadas pelo governo”.
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