Curitiba fechou o primeiro semestre com importante queda nos furtos e roubos na maioria dos 75 bairros. Apesar dos graves problemas de criminalidade no país, várias ações e investimentos do Estado – compra de mais de três mil viaturas, contratação 11 mil policiais, e o trabalho preventivo, ostensivo e de investigação – conseguiram diminuir a violência no Paraná e também na maior parte da capital.
A redução atingiu todas as categorias destes tipos de crimes: a residências, a comércio e em locais públicos. Ou seja, mais bairros viram os números caírem em relação ao mesmo semestre de 2016. Na contagem geral, os roubos – quando há violência ou grave ameaça – diminuíram em 51 bairros, aumentaram em 22 e mantiveram o mesmo número em dois. No Centro, por exemplo, onde há maior aglomeração de pessoas e veículos, o roubo caiu 15%. No Boqueirão, um dos bairros mais populosos da cidade, a queda foi de 18%.
No somatório total de furtos, houve queda em 40 bairros, aumento em 34 e em um deles permaneceu igual. Entre os locais com a maior queda estão Bacacheri (26%) e Capão Raso (20%). No Centro, local com o maior número de ocorrências, a diminuição foi de 5%.
Os roubos a residências diminuíram em 44 bairros da capital e cresceram em 21. Em dez deles, a quantidade deste tipo de delito foi a mesma verificada de janeiro a julho do ano anterior. Declínio expressivo foi detectado, por exemplo, no Xaxim (-56%), Boqueirão (-46%) e também no Jardim das Américas, com menos 61% de ocorrências. No caso dos furtos a residência, houve queda em 51 bairros, aumento em 22 e estabilidade em 2.
“Para que se possa traçar novas estratégias e acompanhar a evolução do crime e as mudanças naturais da criminalidade perante a ação policial, a gente pede para a população que continue formalizando os boletins de ocorrência, porque esse dado é usado no nosso planejamento”, afirmou o secretário estadual da Segurança Pública, Wagner Mesquita.
Segundo ele, é importante também que o cidadão compareça nas reuniões dos conselhos de segurança do seu bairro porque ali ele pode avaliar outros fatores que ajudam a reduzir a criminalidade: como a ocupação de imóveis, a iluminação pública, a rede de transporte, situações que a Secretaria pode analisar para aplicar o efetivo e diminuir ainda mais os índices de criminalidade.
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