Os trabalhadores da limpeza pública de Paranaguá entram em greve amanhã (segunda-feira, 10) num verdadeiro clima de guerra e de interesses que marcam a prestação do serviço essencial na principal cidade do litoral do Paraná. Os trabalhadores reclamam dos salários atrasados e a empresa concessionária diz que a prefeitura está atrasada também há meses no pagamento dos serviços prestados.
Há acusações de toda ordem, ameaças aos trabalhadores e até caminhões de coleta de lixo sendo queimados.
O pano de fundo do imbróglio, conforme denúncia do sindicato da categoria, está na clara intenção da prefeitura em forçar o rompimento do atual contrato de prestação de serviço pelas dificuldades financeiras que estão sendo propositadamente feitas contra a empresa, fazê-la denunciar o rompimento contratual e aí fazer uma licitação emergencial para a coleta do lixo e atender interesses de uma empresa ligada à família da procuradora-geral de Paranaguá, Luciana Costa.
“É triste para a classe trabalhadora reclamar por seus salários atrasados, o mais incrível é ver pessoas interessadas nesse trabalho, atrasando de propósito o pagamento para numa próxima oportunidade entrar no lugar dela. O trabalhador não pode pagar por essa queda de braços, depois que essa Paviservice sair, vamos ver quem vai entrar no lugar dela, aí teremos certeza dessa falcatrua”, reagiu no facebook o trabalhador Giba Santos.
“Pedimos para a população não colocar o lixo para ser recolhido na frente de suas casas até o fim da greve. E que chamem o prefeito (Marcelo Roque, PV) para fazer a coleta. Será uma semana muito difícil e a responsabilidade por uma nova epidemia de dengue, pelo aumento da infestação de ratos e por todo esse lixo não recolhido será da prefeitura”, disse o vereador Jaime da Saúde (PSD), um dos líderes da oposição no legislativo municipal.
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