Ao final do depoimento de 1h23 minutos que deu ao juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, Geddel Vieira Lima caiu no choro ao ouvir que vai permanecer na prisão por tempo indeterminado. Vallisney não deu prazo para a saída de Geddel, mas disse que vai analisar o pedido de soltura novamente na próxima semana. As informações são de Ernesto Neves na Veja.Conhecido pela postura rígida, ele negou ainda a aplicação de medidas alternativas pedidas pela defesa de Geddel. Entre os apelos, os advogados solicitaram a prisão domiciliar e o uso de tornozeleira eletrônica.
“Tenho a crença inabalável, convicção, de que em nenhum momento tomei nenhuma atitude que pudesse ser de longe interpretada como embaraço à Justiça ou às investigações, muito ao reverso”, disse.
Ex-ministro dos governos Lula e Temer, Geddel foi preso em caráter preventivo em Salvador na última segunda-feira (3), acusado de obstrução de justiça. Desde quarta (5), ele está no presídio da Papuda, em Brasília.
Geddel é suspeito de atrapalhar investigações da Operação Cui Bono, que apura supostos esquemas de fraudes na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.
O Ministério Público Federal afirmou que ele pressionou a mulher de Lúcio Funaro para que o doleiro não fizesse uma delação premiada.
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