A Assembleia Legislativa vota a partir de hoje um projeto que pretende liberar a venda de cervejas nos estádios de futebol do Paraná. Desde 2008, a venda é proibida, devido à possibilidade de violência nas arenas. O argumento, porém, é questionável. “Aqueles que estão interessados na violência, não costumam beber de qualquer maneira. Aqueles que querem beber, fazem-lo bem antes de entrar nos estádios. E a maioria que só quer beber uma cerveja no futebol, sente-se prejudicados”, diz Michael Gabriel, consultor de projetos de futebol em Frankfurt (Alemanha), contrário à proibição.
Um dos argumentos dos que são favoráveis à venda é de que, fora dos estádios, os torcedores bebem da mesma forma e com um agravante: muitos ambulantes vendem bebidas mais fortes do que a cerveja, como whisky, vodka e pinga sem qualquer fiscalização sanitária ou policial. Fotos enviadas ao blog, registadas em um jogo recente do Atlético Paranaense, confirmam:
Há também um fator financeiro: o futebol deixa de arrecadar recursos com a proibição. Em outros países, a cerveja permite o fomento e desenvolvimento do esporte, como no caso Inglaterra, onde a Premier League está ligada à marca Carlsberg e da Taça da Liga tem sido conhecido como “Carling Cup”. Em Portugal, o campeonato é chamado de “Liga Sagres” o nome de uma das maiores marcas de cervejas locais. Na Alemanha, a Bundesliga é patrocinado pela cervejaria Krombacher e venda de cerveja em estádios gera 40 milhões de euros por ano para os clubes.
Da mesma forma, as fotos do entorno da Arena mostram que os torcedores não deixam de beber fora:
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