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“Alckmin é um homem de bem, correto e honesto”, diz Doria

SÃO PAULO, SP - 10.04.2017: ALCKMIN E DÓRIA EM REUNIÃO COM SECRETÁRIOS - O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin e o prefeito da cidade, João Dória, se reúnem na manhã desta segunda-feira (10), para segunda reunião com secretários do Estado e da Capital, no Palácio dos Bandeirantes na zona sul da cidade. (Foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1300617

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) está “muito constrangido” com a acusação feita por um delator da Odebrecht de que negociou caixa dois para sua campanha eleitoral de 2010. As informações são de Bruno Boghossian e Paulo Gama na Folha de S. Paulo.

“[Ele está] muito constrangido. O governador é um homem de bem, correto, honesto, polido, tem uma vida limpa. São 40 anos de vida pública. É evidente que alguém que tem uma vida limpa, construída com modéstia, como ele tem, fica constrangido diante dessas circunstâncias”, declarou o prefeito.

Doria defendeu o governador, que é seu aliado e apadrinhou sua candidatura à prefeitura paulistana em 2016. “Como ele [Alckmin] mesmo diz, ele fará a sua defesa com a convicção de que nada deve e sairá absolutamente ileso dessa situação, embora diante de todo esse constrangimento.”

Nas fileiras do PSDB, ambos são citados como potenciais candidatos à Presidência da República em 2018. Doria, segundo alguns tucanos, levaria vantagem nessa disputa interna depois as revelações feitas nas delações contra Alckmin.

O prefeito paulistano participou do fórum empresarial organizado anualmente pelo grupo que leva seu sobrenome e presidiu até 2016. Ele reiterou, mais uma vez, que não será candidato em 2018 e que cumprirá os quatro anos de mandato na capital. Também defendeu novamente a candidatura de Alckmin ao Palácio do Planalto.

“Meu candidato à Presidência da República é Geraldo Alckmin. Temos bastante tempo ainda. Não quero antecipar o processo eleitoral, porque é importante que essa transição seja feita de forma equilibrada e tranquila pelo presidente Michel Temer.”

Doria afirmou que “é cedo para dizer quem estará dentro ou fora” do cenário político devido às revelações de corrupção feitas pela Lava Jato. “Até o ano que vem isso se consolida, se cristaliza.”

O prefeito tucano declarou estar lisonjeado com pesquisas eleitorais que citam seu nome entre os primeiros colocados na disputa pela Presidência. “Elas são lisonjeiras porque mostram um índice de aprovação elevado. Ninguém frequenta pesquisas nacionais se estivesse fazendo uma má gestão à frente da cidade de São Paulo.”

Numa escalada do discurso que vem promovendo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Doria chamou o petista de “facínora” e afirmou que considera sua possível candidatura ao Planalto como um “retrocesso”.

“[Ele] agora quer se apresentar como salvador? Alguém que rouba dinheiro público para comprar um tríplex? Que manda colocar cisnes no seu sítio? Vai ter coragem de disputar a Presidência da República? O povo brasileiro vai responder no voto com a negativa a isso.”