Os delatores da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, Benedicto Jr. e Valter Luis Lana, afirmaram ter repassado dinheiro para as campanhas da senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) em 2008, quando a petista concorreu à Prefeitura de Curitiba, e 2010 e 2014 ao Senado Federal. As informações são de Angela Boldrini na Folha de S. Paulo. De acordo com eles, os repasses foram feitos a pedido do marido de Hoffmann, Paulo Bernardo, à época ministro dos governos Lula e depois Dilma.
Em 2014, segundo petição no Supremo Tribunal Federal, o valor repassado à senadora foi de R$ 5 milhões. O repasse “relaciona-se à abertura de crédito de R$ 50 milhões atinente à linha de financiamento à exportação” entre Brasil e Angola, medida que beneficiaria a Odebrecht.
Os pagamentos teriam sido realizados por meio do “Setor de Operações Estruturadas” da companhia, conhecido como “departamento de propina”.
O ministro Edson Fachin decidiu pela anexação dos depoimentos dos delatores a um inquérito já em curso, que corre em segredo de Justiça.
A petição é parte dos 320 pedidos que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez ao STF em 14 de março, sobre os quais o Fachin, relator da Lava Jato, decidiu em 4 de abril.
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