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Prefeito de Piên foi morto por não ter oferecido cargos prometidos

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O ex-prefeito de Piên, na região metropolitana de Curitiba, Gilberto Dranka e o presidente da Câmara, Leonides Maahs, encomendaram juntos a morte de Loir Dreveck, segundo a Polícia Civil. As investigações apontam que os dois se sentiram traídos depois que o prefeito eleito se recusou a oferecer para eles cargos que havia prometido durante a campanha.

“Eles investiram muito dinheiro na candidatura de Loir e, na época, ele disse que cederia três secretarias para o presidente da Câmara e mais alguns cargos para o Dranka. Depois que ele venceu a eleição, no entanto, voltou atrás e decidiu que as secretarias seriam compostas por pessoas de caráter técnico e que cortaria mais da metade dos cargos comissionados. O então prefeito se sentiu traído e decidiu encomendar o assassinato”, explicou o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (31). As informações são da Banda B.

Dranka foi preso em casa na manhã de hoje. Os policiais o encontraram no forro da residência, onde estava escondido. O vereador Leonides Maahs também foi detido em flagrante durante a operação do Cope, por posse ilegal de munição e material para recarga.

“Em depoimento, o intermediário entre os mandantes e o executor afirmou que quem encomendou a morte do prefeito eleito foi Dranka e Leonides. Os dois têm participação direta no crime”, completou Brown. A polícia, agora, vai pedir na Justiça a prisão preventiva do presidente da Câmara. Dranka e Maahs negam participação no assassinato.

Além dos dois, foram presos Amilton Padilha, de 29 anos, suspeito de ter atirado contra Loir; e Orvandir Arias Pedrini, 44, que fez o contato entre os mandantes e o assassino. A companheira do intermediário também foi levada à delegacia para depor por meio de condução coercitiva.

Após o crime, que aconteceu no dia 17 de dezembro do ano passado, Padilha fugiu para Balneário Camboriú, em Santa Catarina.

Investigação
Os policiais encontraram primeiro o homem que matou o prefeito eleito. A moto utilizada no crime estava em um barranco, junto com um capacete preto, que foi encaminhado para perícia. Por meio da placa, os investigadores chegaram até a pessoa que vendeu a moto para Padilha.

O comerciante relatou à polícia que outro homem com um Gol vermelho estava junto com o suspeito no momento da negociação. Após buscas, a equipe comprovou que esse veículo pertencia a Pedrini.

Por meio da descrição física de Padilha, os policiais o localizaram em Itajaí, Santa Catarina. Ele foi detido no dia 26 de dezembro depois de cometer um roubo na cidade catarinense. O Instituto de Criminalística confrontou as digitais do suspeito com as encontradas no capacete e confirmou ter sido ele o autor dos disparos.

A partir daí, a investigação se concentrou nos mandantes do crime, já que a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) estava descartada.

O crime
Dreveck morreu no dia 17 de dezembro, três dias depois de ser baleado na cabeça. Ele foi atingido por um motociclista enquanto viajava para Santa Catarina, pela PR-420, em um carro da prefeitura.

Loir foi encaminhado em estado grave ao Hospital e Maternidade Sagrada Família, em São Bento do Sul (SC), mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.