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PF quebra sigilo e tem acesso a lista de compras da filha de Eduardo Cunha

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A Polícia Federal teve acesso a troca de e-mails entre o ex-deputado Eduardo Cunha e a filha dele, Danielle Dytz da Cunha, após quebra de sigilo telemático. Em um dos e-mails, a publicitária faz uma lista com objetos que ela quer que Cunha compre no exterior. Entre os itens estão, cremes, óculos, bolsas e sapatos, todos de marca. As informações são da BandNews Curitiba.

As mensagens foram anexadas ao sistema da Justiça Federal do Paraná em ação penal que o ex-presidente da Câmara responde na Operação Lava Jato. Danielle Dytz da Cunha não é acusada neste processo. No e-mail datado de 20 de fevereiro de 2009, a filha de Cunha diz que não tem “cacife” para comprar tudo que gostaria e, por isso, pede que o ex-deputado traga o que foi listado. No documento, Danielle pede uma bolsa da marca Balenciaga que, atualmente, custa em torno de 1800 dólares, o equivalente a 6.300 reais.

A publicitária ainda inclui na lista um óculos Ray-Ban que no site da marca custa 150 dólares ou 520 reais. Outro pedido feito pela filha a Cunha está um casaco da grife Burberry.

Para este produto, Danielle especificou no e-mail que só é para comprar caso o ex-deputado vá a um outlet, lojas que oferecem desconto em algumas marcas. No site oficial da grife, o casaco está 2.000 dólares, o equivalente a 7.200 reais.

A defesa do ex-deputado Eduardo Cunha disse que não vai comentar o assunto. A denúncia desta ação envolve um contrato em que a Petrobrás comprou direitos de participação na exploração de um campo de petróleo na República do Benin, na África. O negócio, segundo os procuradores do Ministério Público Federal, envolveu o pagamento de propina ao deputado federal afastado Eduardo Cunha de cerca de U$ 1,5 milhão.

O valor total do negócio era de US$ 34,5 milhões. Para os procuradores, Cunha utilizou o cargo de deputado e de presidente da Câmara para sustentar o esquema de corrupção, obter vantagens ilícitas e atender interesses particulares.

Foto: internet