Centenas de manifestantes estão concentrados em frente ao prédio histórico da Universidade Federal do Paraná (UFPR) na Santos Andrade desde a manhã desta sexta-feira (4). Entre eles estão professores e alunos da instituição. Uma parte apoia as invasões contra a Medida Provisória que estalece uma reforma no ensino médio no país, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita o aumento dos gastos públicos. Outra parte, liderada por professores, pedem a desocupação do prédio, que abriga o curso de Direito, Psicologia e outros. O clima é tenso. As informações são do Bem Paraná.
Na noite de quinta-feira (3), o prédio foi ocupado por estudantes universitários mascarados, acusados por estudantes de truculência. O prédio, inclusive, teve a porta principal fechada com correntes. A UFPR marcou uma coletiva para as 14h desta sexta para comentar sobre as ocupações nos prédios da instituição.
A professora Vera Karam, diretora do Setor de Ciências Jurídicas da UFPR, falou à imprensa da reunião que teve com os alunos que ocuparam o prédio da UFPR. De acordo com ela, a maioria é alunos da instituição e que não há sinais de depredação no prédio.
Segundo ela, as reivindicações são as mesmas das ocupações das escolas e descartou qualquer uso da força para desocupação do prédio central ou de outras unidades da Federal. “Vamos negociar, vamos encontrar um meio termo. Há correntes que são a favor da causa, outros contra”, disse ela.
O Ocupa UFPR, que coordena o movimento de ocupações em oito prédios da UFPR, disse em nota que o prédio histórico é público e que pertencente à comunidade em geral e não apenas a alguns poucos cursos.
Até as 10h55 desta sexta-feira, o Ocupa Paraná não tinha divulgado um balanço das ocupações A Secretaria de Educação diz que atualmente são 122 escolas ocupadas em todo o estado. O índice representa 5,8% do total da rede.
Foto: Giorgia Prates
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