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Defesa de Dilma terá mais um dia para apresentar alegações finais

Defesa de Dilma terá mais um dia para apresentar alegações finais

O presidente da comissão especial do impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), decidiu na terça-feira (26) prorrogar em um dia o prazo para que a defesa da presidente afastada Dilma Rousseff apresente as alegações finais no processo que enfrenta. O documento poderá ser entregue até quinta-feira (28). Lira atendeu parcialmente a um pedido dos advogados, que pediam dois dias a mais. As informações são do jornal O Globo desta quarta (27).

Numa tentativa desesperada de tentar convencer os senadores indecisos de derrubarem o impeachment, a defesa de Dilma requisitou mais prazo com o argumento de que o site do Senado ficou fora do ar no fim de semana dos dias 23 e 24 de julho e, por isso, não foi possível acessar os documentos do processo. Os advogados também alegaram que o site do Tribunal de Contas da União (TCU) não estava em pleno funcionamento no mesmo período, o que dificultou a elaboração das alegações.

Apesar das tentativas, até o momento 39 senadores já afirmaram que votarão a favor do afastamento da petista, segundo o Placar do Impeachment do jornal O Estado de S. Paulo. São necessários apenas mais 15 votos além desses 39 para que o afastamento definitivo de Dilma seja aprovado.

De acordo com a reportagem, Lira justificou sua decisão como uma forma de atender à solicitação sem alterar o cronograma de trabalho. O senador decidiu por conceder metade do tempo pleiteado por entender que, assim, o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) também não será prejudicado, já que o tucano apresentará seu parecer em 2 de agosto.

O peemedebista também alegou que a suspensão do sistema foi anunciado com antecedência e que ele voltou a funcionar antes do prazo estimado, que era de 48h de interrupção.

No documento, a defesa da petista insistirá na tese de que há “desvio de finalidade” no processo. Para reforçar esse argumento, serão anexadas gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com integrantes da cúpula do PMDB. No principal trecho, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) diz que, com a saída de Dilma, seria possível “estancar a sangria”, em referência à Lava Jato.