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Turismo em Foz do Iguaçu: As cidades do outro lado da Tríplice Fronteira

Voo panoramico Cataratas

Os turistas que vão a Foz do Iguaçu dificilmente limitam seu roteiro às famosas quedas d’água que dão fama ao município. Visitar as cidades vizinhas da Tríplice Fronteira é uma atração tão concorrida e obrigatória quanto as próprias Cataratas do Iguaçu. Juntas, as três formam um grande circuito de paisagens naturais, aventuras, compras, jogos e gastronomia. Mas elas também revelam alguns contrastes notórios. As informações são do Pure Viagem.

Foz do Iguaçu fica a pouquíssimos quilômetros de Puerto Iguazú, na Argentina, e de Ciudad del Este, no Paraguai. Enquanto o lado argentino tem cara de vilarejo e se destaca pela gastronomia (regada a alfajores, parrillas e chorizos), a porção paraguaia da fronteira é um badalado destino de compras, considerada a terceira maior zona franca de comércio do planeta (atrás apenas de Miami e Hong Kong). Contudo, ao contrário do que muita gente pensa, nem tudo em Ciudad del Este é sinônimo de pirataria.

O lado paraguaio
De fato, o lado paraguaio é bastante caótico. Ônibus urbanos fazem o trajeto Foz-Ciudad del Este, mas se deseja economizar tempo, prefira atravessar a fronteira a pé. Não existe nenhuma burocracia para passar pela “imigração”, tampouco pela agitadíssima Ponte da Amizade. Em poucos minutos de caminhada, você já percebe o amontoado de lojas, camelôs, carros e motos.

Ciudad del Este é uma cidade desorganizada, mas preparada para receber turistas brasileiros. Muitos ambulantes e vendedores sabem enrolar o português, e até aceitam o real (assim como o dólar, o peso e o guaraní, a moeda do Paraguai). Alguns chegam a ser insistentes, e aceitam pechinchas com facilidade. Seja direto e recuse.

Mas, como dissemos, nem tudo na cidade é pirata. Há bons shoppings e centros comerciais, como o Monalisa e o Shopping del Este especializados principalmente em eletrônicos, perfumes e bebidas. Outra boa pedida é o Sax, um edifício inteiro de lojas de roupas, muitas delas de grife. Só desconfie de preços muito abaixo do mercado.

Sobre a questão da fronteira, não há grandes motivos para preocupação. A não ser que você saia do Paraguai com sacolas gigantescas, dificilmente será parado pelos fiscais. De qualquer forma, vale seguir a regra: cada pessoa tem direito a comprar U$$ 300 em Ciudad del Este. Acima disso, está sujeito a impostos.

O lado argentino
Já no lado argentino da fronteira, a situação é diferente. Puerto Iguazú e Foz do Iguaçu são interligadas pela Ponte de Fraternidade, que ao contrário da divisa paraguaia, não tem nada de caótica. A imigração fica alguns quilômetros depois do viaduto, e os fiscais são um pouco mais rigorosos. Contudo, basta a identidade para entrar em solo argentino.

Passando pela fronteira, a primeira atração de Puerto Iguazú é o Duty Free, um dos melhores e maiores free shops do mundo. As mercadorias também não podem ultrapassar os U$$ 300.

A cidade em si é bem mais pacata do que Ciudad del Este. O centrinho é charmoso e repleto de restaurantes de qualidade, concentrados principalmente na Avenida Brasil (isso mesmo!), a mais movimentada da cidade. Também há diversas lojas de souvenirs, que são abarrotadas de alfajores, para delírio dos chocólatras.

Puerto Iguazú ainda abriga um bem estruturado cassino, que apesar de não ter aquela atmosfera de Las Vegas, possui boas máquinas e mesas de apostas. O local fica dentro de um resort, mas é aberto ao público.

No entanto, a grande atração de Puerto Iguazú são as Cataratas. Pouca gente sabe, mas a Argentina abriga cerca de 80% das quedas d’água, e dizem que o lado dos “hermanos” é ainda mais bonito. No entanto, a infraestrutura é consideravelmente mais precária que o parque brasileiro, e vá preparado para encarar uma boa caminhada.