O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, negou nesta terça-feira (28) liberdade ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, preso sob acusação de participar do esquema de corrupção na estatal. O pedido será remetido ao relator dos inquéritos da Lava Jato, Teori Zavascki, que só deverá avaliá-lo a partir da próxima semana, após o fim do recesso do Judiciário. As informações são da Folha de S. Paulo.
Preso desde janeiro, Cerveró pediu liberdade provisória e entrou com uma reclamação no STF contra o juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato. Nas peças, os advogados criticam Moro e os investigadores, citam o surgimento de “super-heróis tupiniquins” e pedem que a ação na qual Cerveró é réu sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro vá para o STF – o argumento é que ela cita políticos com foro privilegiado. A defesa pediu ainda a anulação da ação que condenou Cerveró a cinco anos de prisão por lavagem de dinheiro.
A Folha de S. Paulo revelou no início deste mês que o ex-diretor, apontado como elo do PMDB no esquema, começou a negociar um possível acordo de delação. Pessoas próximas à família afirmaram que a decisão deve-se ao seu estado frágil de saúde.